A Secretaria de Saúde do Distrito Federal deu início, nesta quarta-feira (2/12), ao inquérito epidemiológico da covid-19, que aplica testes em moradores da capital sorteados pela pasta. A ação começou em Ceilândia e passará por todas as regiões até 20 de dezembro.
"O sorteio foi realizado de acordo com endereços que têm IPTU. Foi uma orientação da Secretaria de Economia, que falou que era mais fidedigno a gente pegar os IPTUs das residências e fazer o sorteio, tudo em um sistema bem estabelecido metodologicamente. Será testada uma pessoa por residência, de mais de 18 anos de idade. Caso a pessoa da família não aceite fazer, vamos procurar outra pessoa da família ou a casa vizinha", esclareceu o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
Ao todo, serão sorteadas 230 pessoas de cada uma das 34 Regiões Administrativas do DF para participar dos testes. O objetivo do inquérito é rastrear quem carrega o novo coronavírus, para promover isolamento imediato, e quem já tem anticorpos para a doença.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio-DF) realizou a doação de 10 mil testes sorológicos para a investigação epidemiológica. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF é a unidade da Federação com o maior percentual de testes realizados, com 23,9% da população testada.
Porém, os moradores da capital de baixa de renda não tiveram o mesmo acesso aos exames de detecção. Enquanto 38,6% da população que recebe quatro ou mais salários mínimos foi testada, apenas 14,2% dos que recebem menos de meio salário mínimo realizou algum tipo de teste covid-19.
Taxa de transmissão
O anúncio do inquérito epidemiológico surgiu após a Secretaria de Saúde perceber um aumento preocupante da taxa de transmissão da covid-19. A taxa mostra, em média, para quantas pessoas um contaminado geralmente transmite a doença.
Especialistas apontam que uma taxa maior que 1 significa uma crescente do vírus. Atualmente, o DF tem transmissão de 1,3. Ou seja, cada 100 infectados passam o vírus para mais 130 pessoas. O Correio levantou que a última vez que a capital teve uma taxa de 1,3 foi em 8 de junho, durante o pico da pandemia.
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