Os brasilienses aproveitaram o segundo dia de promoção da Black Friday, neste sábado (28/11), para conferir as ofertas em uma das épocas do ano marcada por grandes promoções e mais esperada pelos consumidores. Pesquisa divulgada pelo Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) mostra que, neste período, as vendas podem subir em 3%, comparado a 4% no ano passado.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismos do DF (Fecomércio), Francisco Maia, acredita que as expectativas de vendas foram maiores neste período de promoções — que vai durar até amanhã —, apesar da crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus. “Com certeza, esses três dias não vão superar a recessão econômica que tivemos. É uma ação pontual. Mas o mês de novembro vai continuar sendo bom para o comércio, pois é o período pré-natalino”, afirmou. O comércio do DF espera um crescimento de 2,2% nas vendas de Natal, como mostra levantamento produzido pela Fecomércio-DF.
Maia acrescenta, ainda, que os lojistas estão vendendo mais do que o esperado na Black Friday e que a população decidiu aproveitar as promoções para antecipar as compras do fim de ano. “Os eletrodomésticos são os que mais estão saindo, como geladeiras e televisores. Esse é o foco. “É muito bom que os consumidores comprem agora. O comércio está ficando sem estoque. As fábricas não entregaram mercadoria por falta de produção e de matéria-prima, como papelão e plástico”, pontuou.
A previsão do Sindivarejista-DF é de que o comércio esteja aberto na segunda-feira, apesar do feriado do Dia do Evangélico. “A Black Friday vai continuar atendendo aquelas empresas que estão em liquidação. Acreditamos que, com mais essa data, ultrapassamos a meta de vendas, que é de R$ 250 milhões”, disse o presidente da entidade, Edson de Castro.
Expectativa
O pequeno Felipe Ribeiro, 10 anos, foi com a mãe ao Brasília Shopping para tentar encontrar um tênis de basquete em promoção. Ele começou a praticar o esporte há cerca de um mês. O uniforme estava completo, mas faltava o calçado. A mãe, Ana Lima, 49, conta que decidiu esperar a Black Friday para encontrar a mercadoria em promoção. “Ele custa, em média, R$ 200, o que é um pouco caro. Pretendo encontrá-lo com um valor de 10% a 20% de desconto, que aí vale a pena”, disse a tradutora de línguas. “Dei uma volta nas lojas e muitos produtos que estão com desconto são selecionados. Então, às vezes não tem o número certo ou tamanho. Às vezes, compensa comprar pela internet”, afirmou.
Katiane Moreira, 30, trabalha como vendedora em uma loja de acessórios para celulares no Brasília Shopping. Todo o estabelecimento está em promoção. Algumas capas, películas e cabos para aparelhos chegam a custar metade do preço. Segundo ela, ontem, o movimento foi mais fraco. “Atendi 10 clientes, mas só vendi para dois. Na sexta-feira, estava mais lotado. Apesar disso, seguimos com nossas promoções. Como estamos em um setor comercial, muitos clientes vêm atrás de produtos de informática, mas o nosso foco são acessórios para celulares”, contou.