Manifestantes voltaram a protestar nesta sexta-feira (27/11), em Brasília, contra o racismo e a pedir justiça para João Alberto Freitas, o homem negro assassinado em um supermercado Carrefour, em Porto Alegre, no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra.
O ato, que simulou um cortejo fúnebre (veja mais fotos abaixo), começou na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, e terminou na Rodoviária do Plano Piloto. Além de cartazes com dizeres como "Vidas pretas importam", os participantes também se manifestaram em defesa do Sistema Único de Saúde e a favor da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, tema em análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo os manifestantes, a defesa do SUS e a oposição ao governo Bolsonaro são pautas diretamente ligadas ao combate ao racismo. Segundo eles, o atual governo dá repetidas mostras de que não apoia a luta contra a discriminação racial — como ao colocar à frente da Fundação Palmares um homem negro que nega a existência do racismo, Sérgio Camargo.
Além disso, a população negra é a principal usuária do SUS. "É por isso que estamos nas ruas, chamando a atenção para a tentativa de desmantelamento do maior sistema de saúde pública do mundo", afirmou o médico Carlos Saraiva.
“Sabemos que atitudes racistas e tentativas de destruir os serviços públicos fazem parte do projeto do governo genocida Bolsonaro-Mourão. É dessa forma que os ocupantes do Planalto enxergam nosso país: sem nenhum tipo de análise histórica ou reconhecimento da identidade do povo brasileiro. Por isso e por muito mais, em todos os atos políticos que realizamos, exigimos a cassação da chapa do atual governo do Brasil”, afirmou Leda Gonçalves, uma das organizadoras do protesto.