INVESTIGAÇÃO

Dinheiro teria motivado assassinato de sucateiro e amigo no Park Way, acredita família

Aldo Bezerra Neto foi morto em frente uma chácara na manhã desta quarta-feira (25/11). O carro da vítima foi encontrado no local, bem como o celular e dinheiro

Investigadores da 21° Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) colhem informações para elucidar o mistério da morte do sucateiro Aldo Bezerra Neto, 46 anos, e de um amigo dele, de identidade ainda não revelada. Os dois foram assassinados na manhã desta quarta-feira (25/11) em frente a uma chácara, na Quadra 4, Conjunto 6, no Park Way. A polícia não descarta nenhuma linha de investigação.

O carro da vítima, uma Hilux branca, foi encontrada estacionada em frente ao portão de uma residência, que não pertencia. O morador da casa, o empresário Douglas Pereira, 35, contou ao Correio que, no momento do crime, estava trabalhando na Asa Norte, quando recebeu a ligação da mulher, por volta das 11h15. "Ela me disse que estava havendo um tiroteio em frente nossa residência e que estava assustada. Imediatamente, vim para casa e, no caminho, acionei a polícia. Quando cheguei, me deparei com as portas do carro abertas e um corpo no chão", detalhou.

Aldo estava caído de bruços em frente à chácara. Segundo as investigações, ele foi colocado de joelho e, em seguida, executado. O amigo dele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma vizinha contou que viu um terceiro homem correndo momentos depois dos disparos.

Não se sabe, no entanto, o que teria motivado a morte dos amigos. O veículo, celular e outros pertences da vítima não foram levados pelo criminoso. No bolso da calça de Aldo, haviam várias cédulas de dinheiro. O sucateiro não tinha passagens pela polícia e trabalhava vendendo cobres no DF. "A investigação ainda está em fase preliminar e estamos em busca de um ou mais envolvidos no crime. Não descartamos qualquer linha de investigação", afirmou o delegado-chefe da 21ª DP, Alexandre Gratão.

O Correio conversou o cunhado Aldo, Eudimar Gomes, 36. Ele acredita que o parente tenha sido atraído pelo suspeito por causa da quantidade de dinheiro que andava. "Por causa do nosso trabalho, andamos com dinheiro na mão o tempo inteiro. Com valores altos. Ainda estamos surpresos com o que aconteceu. Ele não tinha guerra com ninguém e sempre se dedicou ao trabalho", disse.

Aldo veio do Rio Grande do Norte com três irmãos para trabalhar no DF. Ele morava no Setor de Chácaras Lucio Costa e deixa a esposa e dois filhos, de 14 e 19 anos.

 

Material cedido ao Correio - Aldo Bezerra Neto foi morto em frente uma chácara