A Justiça fixou em 25 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, a pena de Cátia Nunes Miranda, acusada de matar a própria mãe, Maria do Carmo Nunes, carbonizada na DF-326, perto do Polo de Cinema e Vídeo em Sobradinho 2. O crime ocorreu em 9 de maio de 2012 e, após diligências, policiais da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2) prenderam a mulher e concluíram que ela era a mandante do crime.
A ré passou pelo Júri nesta segunda-feira (23/11) e responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e dissimulação) praticado contra pessoa maior de 60 anos, como previsto no art.29 do Código Penal. Na sentença, o juiz Eduardo da Rocha Lee entendeu que “as várias etapas da empreitada criminosa evidenciam que ela fora prévia e cuidadosamente planejada, tudo para assegurar o seu sucesso e a consequente impunidade do delito.”
Segundo as investigações conduzidas à época, Cátia teria assassinado a mãe por questões financeiras. No dia crime, o corpo da aposentada do Ministério da Educação (MEC) foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro, um Classic, na área rural de Sobradinho. O crime contou com a participação de Wilton Marques Teixeira, namorado da acusada, que foi condenado em 18 de junho de 2019 e cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda.
Na avaliação do magistrado, Cátia premeditou o assassinato, o que revela “dolo intenso e concreta determinação para o cometimento do homicídio da vítima, potencializando, por certo, o grau de repulsa gerada pelo crime”. A ré também não terá o direito em recorrer em liberdade.