Guirlandas, presépios, enfeites para árvores de Natal e personagens bíblicos. Não há como pensar em uma festa natalina sem os adereços característicos da festa de fim de ano. Com um mercado cheio de opções, pequenos empreendedores e artesãos fogem do comum e apostam em decorações personalizadas que representem o espírito da data. A produção começa cedo para garantir uma festa única em cada lar.
É o caso da designer Paula Morais, 31 anos. Desde outubro ela começou a preparar os materiais para confecção estilizada de bolas para árvore de Natal. “Tive que encomendar as bolinhas de acrílico com bastante antecedência para conseguir um preço melhor e garantir que elas chegassem a tempo de produzir e vender antes da data festiva”, conta. O artigo é feito com material transparente, com fotos à escolha dos clientes. “Fica uma árvore de Natal personalizada e única”, garante a moradora de Samambaia Norte.
Depois de um ano difícil, devido à pandemia do novo coronavírus, a empreendedora acredita que o maior desejo dos clientes é uma festa especial. “Acho que o espírito natalino está mais intenso este ano, porque as vendas aumentaram muito. Além de comprar para eles, os clientes também querem dar o produto de presente para amigos e familiares. Há uma vontade maior de agradar este ano”, opina.
Para o dia da festa, a designer também personaliza os bolos. “É uma parceria que faço com uma colega. Ela faz o doce e eu decoro. Já estou ansiosa para as preparações do Natal”, diz a vendedora, animada. Adoçar a vida dos compradores também é o interesse da confeiteira Ana Paula Vieira. Além dos alfajores decorados, ela produz os cones trufados em formato de árvore de Natal. “Este é o segundo ano que faço as receitas para vender antes e durante a data comemorativa. São duas opções que podem ser dadas como lembranças para familiares e amigos”, conta.
Por conta dos impactos econômicos da pandemia, o preço também foi uma das preocupações da vendedora. “As pessoas estão ainda mais preocupadas com o valor, porque não foi um ano fácil. Então, procurei elaborar um produto bonito e com um preço mais baixo. Além disso, tanto o cone quanto o alfajor servem como enfeites para a árvore de Natal”, aconselha a empreendedora.
Outras especialidades da confeiteira são as sobremesas no pote nos sabores banoffe, cocada cremosa com abacaxi, mousse de ninho com brigadeiro, brownie e red velvet, além dos bolos decorados. “Estou apostando bastante na saída delas. Amo esta época do ano e fico muito feliz de poder levar um pouco de alegria para as pessoas, ainda mais neste ano, que foi muito difícil para todos”, comenta a profissional.
Enfeites
Presépio e árvore de Natal. Para deixar a decoração ainda mais bonita, a artesã Natacha de Paula, 30, decidiu juntar os dois símbolos da data religiosa em uma bola de Natal diferente. “Desde que virei mãe, comecei a comprar biscuit para fazer os personalizados do bebê. Com a sobra de material, tive a ideia de fazer um presépio com a massa, mas achei que era muito comum. Então, apostei em representar o nascimento de Jesus de outra forma: dentro da bolinha de árvore de Natal”, explicou.
O kit com seis bolas vem com os três reis magos, Maria, José e Jesus com o anjo. A expectativa de venda é grande no primeiro ano de atuação na área. “Comecei a produção em outubro e percebi que as pessoas gostaram da ideia. É um produto que chama a atenção”, observa Natacha. As vendas são feitas por encomenda, com prazo de uma semana para a produção. “Tem pessoas que pedem para fazer o presépio fora das bolas de Natal e outras que pedem um kit menor. Tem para todos os gostos”, garante a vendedora.
Além da representação bíblica, não dá para falar de Natal sem pensar em família. Por isso, a artesã Daniele Rodrigues, 43, decidiu representar a união em guirlandas personalizadas. “Os bonecos são feitos com as características dos moradores da casa. O enfeite também vem com um bannerzinho com o nome da família. A pessoa se encontra no enfeite e sai da tradicional guirlanda de Natal”, observa a comerciante.
Em agosto, a artista começa a receber encomendas para o Natal. “É um trabalho minucioso e não dá para fazer tudo em cima da hora. À medida que a data se aproxima começo a produção exclusivamente para a festa”, conta. A confecção é realizada, em média, durante quatro dias.
Quem preferir a representação dos clássicos símbolos natalinos também pode apostar nas miniaturas de amigurumi, técnica japonesa para criar pequenos bonecos feitos de crochê ou tricô, elaboradas por Maria de Lourdes Negri, 65. Há dois anos no ramo, a artesã confecciona bonecos de rena, árvores de Natal, Papai Noel, entre outros. “Eu amo o que faço. Aprendi a técnica por curiosidade e, aos poucos, comecei a ter pedidos. Nesta época do Natal, a demanda é ainda maior, porque são decorações mais personalizadas”, destaca a vendedora. Apaixonada pelo Natal, vender os bonecos também é uma forma de amor. “Eu penso que posso alegrar a festa de outras pessoas e isso me deixa muito contente. É algo que a gente precisa agradecer”, observa Maria de Lourdes.