O último volume divulgado da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) mostra que 41,4% da população do Distrito Federal possui alguma doença crônica. Ao todo, são 955 mil pessoas residentes na capital com pelo menos uma condição clínica deste tipo. As doenças que mais acometem a população são hipertensão arterial (16,6%), problema crônico de coluna (13,6%) e depressão (9,4%), respectivamente.
Os dados foram divulgados nesta semana, pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde, e dizem respeito às pesquisas do ano de 2019. Ainda chama atenção que 45 mil moradores do DF, com 18 anos ou mais, apresentaram distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (Dort). A doença atinge mais mulheres (2,8%), idosos entre 60 e 64 anos (4,5%) e pessoas com superior completo (2,8%).
As doenças da saúde mental também preocupam. A PNS mostra que 218 mil pessoas na capital já haviam sido diagnosticadas com depressão por um profissional, o que corresponde a 9,4% da população, ainda abaixo da média nacional, de 10,2%. A diferença de gênero da doença é outro fator que liga um alerta. O número de mulheres com depressão no DF foi 235% superior à dos homens. Os outros grupos que mais sofreram com a doença foram os idosos com 75 anos ou mais, 13,1%, e pessoas entre 30 e 59 anos, 10,4%.
Autoavaliação e alimentação
Apesar dos números negativos, o Distrito Federal alcançou o maior percentual do país de pessoas que autoavaliam a saúde como boa ou muito boa. Ao todo, 75,3% das pessoas de 18 anos ou mais no DF fizeram essa análise sobre si mesmas. A alimentação dos brasilienses também foi positiva. A capital também foi a região do país com maior percentual de pessoas com consumo recomendado de frutas e hortaliças.
A proporção de pessoas que costumava ingerir bebida alcoólica ficou em 26,2% no DF, menor que a média nacional de 26,4%. Entre a população masculina a proporção foi de 33,0%, enquanto entre as mulheres foi de 20,4% na capital.