Alpes suíços ou Guará? A neblina que tomou conta de vários pontos da capital na noite desta quinta-feira (19/11) surpreendeu os brasilienses e deixou os motoristas em estado de alerta. Regiões do Guará, Arniqueiras, Águas Claras, EPTG e o Setor de Indústrias Gráficas foram alguns dos locais que vislumbraram o fenômeno.
Segundo o meteorologista Olivio Bahia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as neblinas estão associadas a uma receita que o DF está com abundância nos últimos dias: quedas de temperatura e aumento da umidade. "Hoje mesmo tivemos muita chuva, o que deixou a umidade bem alta. Essa formação de neblina nada mais é do que a formação de uma nuvem baixa, que condensou mais perto da superfície."
Em alguns casos, a neblina ainda será caracterizada como um nevoeiro. Segundo Olivio, a causa da distinção é, essencialmente, o nível de visibilidade do fenômeno. Ou seja, se a média da distância em que é possível enxergar não passar dos 200m, a neblina já é um nevoeiro. "Isso é importante pontuar porque afeta e reduz a visibilidade, o que é um risco para quem está nas estradas, nas ruas. Em casos assim é sempre bom redobrar a atenção."
Saber quando a neblina vai embora dependerá de vários fatores. "Ela vai se dissipar de acordo com a temperatura, geralmente com o sol nascendo existe essa dissipação, mas, ao longo da noite, um nevoeiro pode ficar estável ou se mover, isso varia de acordo com a intensidade de ventos, não tem como prever de forma objetiva", aponta.
O meteorologista ainda acrescenta uma informação importante sobre o nível das chuvas em novembro. Com a média prevista para todo mês de 229mm de precipitação, até o momento, a capital já tem 224mm. "Está chovendo muito bem, nós já estamos se aproximando da média de precipitação de todo mês".
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