Capital S/A

Samanta Sallum samantasallum.df@cbnet.com.br

“Ouvimos ministros, governadores, autoridades, debatemos saúde, educação e, com isso, fizemos uma importante interlocução entre o governo e a iniciativa privada”
Paulo Octávio, presidente do Grupo de Lideranças Empresariais no DF

 

Complexo Flor do Mirante
A empresa Torre Digital Flor do Cerrado SPE Ltda assumiu a gestão do Complexo Flor do Mirante, que inclui a Torre de TV Digital. O repasse para a iniciativa privada pretende potencializar as atividades no monumento, nas lojas e nos boxes existentes, bem como no espaço destinado a estacionamento, que permite a realização de shows e eventos.

Segundo o diretor comercial da Terracap, Júlio César Reis, o setor público não tem a expertise para administrar e gerir esses espaços. “Essa é uma atividade eminentemente privada”, afirma.

A concessão do complexo renderá à Terracap, ao menos, R$ 113,7 mil ao mês pelos 15 anos de contrato, além da economia com os gastos de manutenção do local.

 


Visitação
A transferência da Torre Digital para a iniciativa privada não vai interferir na visitação pública ao espaço. A concessionária é obrigada a abrir o monumento ao público em geral, de terça a domingo, por um período mínimo de seis horas. O acesso ao mirante seguirá todas as normas de segurança durante a pandemia. Entre os serviços prestados pela nova gestão estão: limpeza; segurança e vigilância; brigada, entre outros.

 

Bares, lojas e cinemas
“Mesmo nesta situação de pandemia, continuamos a acreditar no futuro de Brasília. Podemos fazer daquela área uma oportunidade de turismo, entretenimento e, ainda, melhorar a gestão”, disse o novo administrador, Richard Dubois.

O terreno tem 48,9 mil m². Ao todo, são oito lotes. Quatro deles estão ocupados, os outros têm potencial de construção, com possibilidade para novas atividades econômicas. O ponto turístico pode abrigar um complexo com lojas, bares, restaurantes e cinemas.

 

Pacote de privatizações
Rodoviária do Plano Piloto, Torre Digital, CEB e Metrô estão na lista de privatizações do GDF. O leilão para a venda da CEB será em 4 de dezembro, na Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo o governador Ibaneis Rocha, o Metrô é a próxima empresa pública a seguir o mesmo caminho, no início do ano que vem. Também há projeto de parceria público-privada para gerir a rodoviária. E foi assinado, ontem, contrato de concessão, por 15 anos, da Torre de TV Digital.

O Banco Regional de Brasília e a Caesb, no entanto, estão fora da lista. O governador afirmou que as empresas se recuperaram. Comemorou o lucro do banco e milhares de novas contas abertas. “Algumas empresas públicas representam custo muito elevado para o Estado. É preciso resolver isso e oferecer serviços mais eficientes à população. Eu não esperava ter de vender a CEB. Como candidato ao governo, não tinha conhecimento da situação dramática em que estava a empresa. Vendemos ou perdemos a concessão”, afirmou Ibaneis. As privatizações, especialmente a da CEB, foram assunto de destaque na reunião do Grupo de Lideranças Empresariais (Lide) do DF, presidido pelo empresário Paulo Octávio, Ibaneis foi palestrante convidado no evento, que ocorreu no Brasília Palace.

 

Reação positiva do setor produtivo
Ibaneis agradeceu aos presidentes do fórum produtivo do DF, Francisco Maia, e da Fibra, Jamal Bittar, pela união de forças no período.

“É importante destacar que nossos pleitos estão sendo muito bem atendidos. Existe um diálogo entre a Fecomércio e o governo que funciona bem”, disse Maia. Ele aponta, por exemplo, a aprovação do Refis 2020 e o projeto do Corredor Cultural da W3 Sul, que fará parte da reforma na avenida.

Ibaneis também parabenizou o anfitrião do evento, Paulo Octávio, pelas iniciativas do Lide, reforçando que o governo atual se aproximou do segmento.

Segundo Paulo Octávio, existe uma sinergia entre o setor privado e o governo que está produzindo resultados. “Onze meses depois do último encontro presencial do Lide Brasília, voltamos a nos reunir em um momento importantíssimo. A economia teve de se reinventar. A posição da iniciativa privada é de cooperação com o governo. Não chegamos ao fim do ano com as previsões catastróficas do início da pandemia. Mas o esforço tem de continuar, e é preciso ouvir quem governa a cidade para debater 2021.”

 

Centros de Distribuição
Apesar da pandemia, o clima era de otimismo no evento do Lide. Empresas estão buscando Brasília para sediar novos negócios. Uma delas é a rede de supermercados Comper.

“Brasília deve assumir o papel idealizado por Juscelino Kubitschek de ser um polo de integração comercial entre o Norte, o Nordeste, o Sul e o Sudeste. E é nessa perspectiva que temos investido. Conseguimos que várias empresas grandes viessem para a cidade e instalassem aqui seus centros de distribuição”, destacou Ibaneis.


R$ 1 Bilhão
Investimentodos supermercados Comper no DF