A estrangeira Hitome Akamatsu foi encontrada morta no último domingo (15/11), com sinais de violência, em uma cachoeira localizada no interior da Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus atuava, em Abadiânia — município goiano distante cerca de 100 quilômetros do Distrito Federal. Um frequentador do centro espírita afirmou ao Correio que a japonesa frequentava a área, em meio à mata, para meditar. Ela teria sido assassinada em meio ao “retiro” espiritual.
Hitome frequentava a Casa Dom Inácio havia cerca de 5 anos, para tratar problemas de saúde e espirituais. Mudou-se para Abadiânia há mais ou menos seis meses com o objetivo de permanecer mais próxima à espiritualidade. No local, não atuava em atendimento ao público, mas enxergava-se como médium.
“Ela se recolhia em alguns momentos para meditar na cachoeira, o que é comum entre os frequentadores. Mas, depois do que ocorreu (a prisão de João de Deus), ocorreu um abandono total. A área ficou mais perigosa, e passou a ocorrer delitos que não eram registrados anteriormente”, explica um dos fiéis, sob condição de anonimato.
A estrangeira foi assaltada por um homem em 10 de novembro. Hitome teria resistido ao crime, como explica o delegado Albert Peixoto Salvador, chefe da Delegacia de Abadiânia. “O acusado confessou o caso afirmando que teria uma dívida de drogas e estava sendo cobrado. Naquele dia, saiu com o objetivo de comer o roubo, e encontrou a vítima. Com medo de ser denunciado, ele decidiu matar a mulher, usando a própria blusa para asfixiá-la”, relata o investigador.
O corpo da vítima foi encontrado no domingo (15), e o suspeito acabou detido em flagrante por ocultação de cadáver. O delegado representou pela prisão preventiva pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), a qual foi concedida pela Justiça. Agora, o suspeito está detido em Anápolis.