A Universidade de Brasília (UnB) retomou, nesta quinta-feira (12/11), os testes da vacina chinesa contra a covid-19, a CoronaVac. O insumo é produzido pela empresa Sinovac Biotech. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os estudos estavam suspensos, desde segunda-feira (9/11), depois que um voluntário morreu. Na quarta-feira (11/11), o órgão autorizou a retomada do estudo clínico patrocinado, no Brasil, pelo Instituto Butantan.
Em nota oficial, a Anvisa informou que suspendeu os estudos diante dos dados apresentados inicialmente, levando em conta o princípio da precaução, “que prevê a prudência, a cautela decisória quando o conhecimento científico não é capaz de afastar a possibilidade de dano.”
Contudo, após avaliar os dados, “a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG inesperado e a vacina”, declarou a agência.
A Anvisa, ainda, esclareceu que a suspensão não significa, necessariamente, que o produto sob investigação não tenha qualidade, segurança ou eficácia. “A suspensão e a retomada de estudos clínicos são eventos comuns em pesquisa clínica e todos os estudos destinados a registro de medicamentos que estão autorizados no país são avaliados previamente pela Anvisa com o objetivo de preservar a segurança dos voluntários do estudo.”
No DF, a meta é vacinar 852 pessoas. Até o momento, 700 profissionais de saúde foram selecionados para participar do estudo. Os testes estão sendo feitos desde 5 de agosto e, por enquanto, não há previsão de quando deverá ser concluído.
Os voluntários recebem duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias. Metade dos selecionados recebem um placebo, isto é, aplicação sem efeito farmacológico. A proposta é fazer uma comparação entre os dois grupos.