Após um macaco morrer infectado com febre amarela em São Sebastião, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) realizou uma ação de bloqueio vacinal. Profissionais estão visitando as casas dos moradores que residem em um raio de 300m² de onde o animal foi encontrado. A operação deve continuar até sexta-feira (13/11).
De acordo com a SES, em dois dias, 139 pessoas em São Sebastião foram vacinadas contra a febre amarela. A ação começou na última segunda-feira (9/11). Ao todo, 221 cartões de vacinas foram avaliados -- 82 estavam com a vacina em dia.
Participam da ação servidores da Vigilância Epidemiológica e de Imunização da Atenção Primária à Saúde da Região Leste, responsáveis pela vacinação e conferência das cadernetas de vacinação. Além disso, equipes da Vigilância Ambiental trabalham no combate aos mosquitos Aedes aegypti e Haemagogus (transmissores da febre amarela) fazendo controle químico para eliminar os insetos e buscando por macacos mortos.
“Tivemos um caso de febre amarela em macaco. Por isso precisamos nos certificar de que a população está vacinada”, explica a superintendente da região de saúde leste, Raquel Belvilaqua. O alerta vale especialmente para os moradores das quadras 29, 30, 31 e 32 e 32 A, além da Marginal do Agudo.
Durante os trabalhos, as equipes ainda orientaram outras 195 pessoas a procurar a unidade básica de saúde mais próxima para atualizar a situação vacinal. Em 91 casas que estavam fechadas, foram deixados avisos impressos reforçando a necessidade de procurar a UBS o mais breve possível. A orientação é que essa população compareça à sala de vacinação da UBS 12 da Vila São José.
A equipe deve visitar todas as quadras, ruas e chácaras dos bairros São José, São Francisco, Morro da Cruz, Vila Nova, núcleo rural Zumbi dos Palmares e na Avenida Central. Caso os moradores não tenham sido vacinados contra a febre amarela, as doses serão aplicadas pelos profissionais de saúde na casa das pessoas.
Jardim Botânico
Outro macaco foi encontrado morto no Jardim Botânico na última segunda-feira (9/11). O primata foi entregue ao laboratório da Universidade de Brasília (UnB) para análise. A avaliação dos especialistas irá determinar se a causa da morte foi provocada por infecção do vírus causador da febre amarela. O resultado do laudo deve ficar pronto em até 15 dias.
A SES informou que começou uma ação da Vigilância Epidemiológica no Jardim Botânico na quarta-feira (11/11) e continua nesta quinta (12/11) para conclusão do bloqueio vacinal com visitação de todos os domicílios num raio protocolar onde foi encontrado o primata.
*Com informações da Agência Brasília