Uma mulher de 24 anos, grávida de três meses, luta para sobreviver após ter sido baleada na cabeça pelo próprio companheiro. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (11/11), no bairro Nova Colina, em Sobradinho. O agressor, um homem de 29 anos, está preso.
O delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, afirma que o casal estava junto havia seis anos e que tinham um filho de 2 anos. Após uma discussão, o agressor atirou contra a mulher.
Ao ouvirem o disparo, familiares entraram no quarto onde o casal estava e encontraram a jovem no chão, desmaiada e com um sangramento. Eles levaram a vítima ao Hospital Regional de Sobradinho, e o suspeito chegou a auxiliá-los no momento. Em seguida, fugiu.
Agentes da 13ª DP conseguiram localizá-lo e fazer a prisão em flagrante. Em depoimento, ele alegou que teria agido por culpa. "Para a polícia, foi, sim, uma ação cruel, visando ceifar a vida da própria companheira (dele)", afirmou o delegado.
O suspeito não soube informar a origem da arma, nem as razões para guardá-la em casa. "Ele está desempregado e, segundo informações de testemunhas, é usuário de drogas (maconha e cocaína)", completou Hudson Maldonado.
Na noite de terça-feira (11/11), um homem foi preso no Paranoá após tentar matar a ex-namorada. Ele usou uma espingarda calibre .22 para disparar contra o portão da casa da vítima, que não ficou ferida. O caso aconteceu após uma briga entre o casal.
Onde pedir ajuda?
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Telefone: 180 (disque-denúncia)
Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
Entrequadra 204/205 Sul / 3207-6172
QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro / 3207-7391
Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100
Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
Telefones: 3910-1349 / 3910-1350
O que é feminicídio
Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação, é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.
Fonte: Agência Patrícia Galvão
Tipos de violência
Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.
Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.
A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.
Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima. Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.
Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.
Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.
Fonte: Agência Patrícia Galvão