O uso da tecnologia vai ajudar a combater a poluição sonora no Distrito Federal. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) adquiriu 10 decibelímetros e 18 calibradores para ajudar na fiscalização. Os aparelhos são usados para medir a potência sonora de estabelecimentos comerciais, meios de transporte, e tudo o mais que emitir som.
O problema dos altos ruídos tem alta demanda: 85% das reclamações feitas na ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF) pelo disque 162 são sobre o assunto. Além disso, 80% das fiscalizações do Ibram são a respeito de poluição sonora.
O investimento nos novos equipamentos é de mais de R$ 577,3 mil. Segundo o órgão, um terço desse valor foi pago com recursos da arrecadação de taxas de fiscalização e, o restante, é fruto de emenda parlamentar destinada pelo deputado distrital João Cardoso (Avante).
A expectativa é de que os equipamentos permitam aumentar o efetivo de fiscais na rua. Hoje, 12 auditores operacionais trabalham na fiscalização de poluição sonora, com 12 decibelímetros operacionais. Agora, auditores poderão ser remanejados de outras áreas com demanda reduzida, para engrossar as equipes na rua.
Ainda de acordo com o Ibram, houve uma alteração no perfil das queixas sobre altos volumes, a partir do início da pandemia. Como os bares e restaurantes precisaram fechar, as reclamações passaram a se dirigir a estabelecimentos como lava-jatos e postos de gasolina, locais cujos ruídos só começaram a ser notados uma vez que mais pessoas começaram o regime de tele-trabalho.
*Com informações do Ibram