OPERAÇÃO

ANTT apreende sete ônibus em situação irregular, no Distrito Federal

Durante inspeções, fiscais da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) encontraram veículos sem estepe, com extintores de incêndio inadequados, para-brisas trincados e pneus carecas

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apreendeu sete ônibus de viagem no Distrito Federal, por inadequações aos padrões necessários para fazer viagens. As apreensões ocorreram na DF-251 e no Setor Hoteleiro Sul (SHS), como parte da Operação Pascal, promovida pela autarquia federal para combater a circulação de veículos irregulares

Entre os problemas encontrados nos ônibus durante os trabalhos do fim de semana estavam falta de estepe, extintores de incêndio vencidos ou vazios, pneus carecas e para-brisas trincados. Além disso, alguns veículos estavam com o tacógrafo sem funcionar e sem o lacre do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Seis dos ônibus estavam vinculados a um aplicativo de compra de passagens, segundo a ANTT. Eles rodavam por meio de viagens de linha — quando o passageiro compra o bilhete para um trecho único. No entanto, a autarquia informou que a autorização da plataforma digital valia para a disponibilização de sistema de turismo — quando vários passageiros com um destino comum vão e voltam com o mesmo grupo. As duas empresas acabaram multadas.

Denúncias ao MPF e à PF

Os ônibus tinham como destino São Paulo, Goiânia, Campo Grande e Belo Horizonte. Um dos veículos veio do Piauí para finalizar a viagem na capital paulista, tendo o DF como rota de passagem. Os passageiros foram levados para a Rodoviária Interestadual, para seguir viagem em veículos legalizados e com os custos pagos pelas empresas infratoras.

Em nota, a Buser Brasil, aplicativo responsável por seis dos veículos, informou que "todas as empresas que atuam por meio da plataforma cumprem os requisitos da legislação vigente e recolhem impostos sobre as viagens". Além disso, a companhia relatou que os ônibus são modernos e estão devidamente inscritos nas agências reguladoras.

A Buser acrescentou que vai denunciar as apreensões ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF), "uma vez que elas descumpriram decisões judiciais que garantiam a livre atuação das empresas de transporte".

A reportagem não conseguiu contato com a segunda empresa.

*Estagiária sob supervisão de Jéssica Eufrásio