O alojamento provisório do Autódromo Internacional Nelson Piquet recebe pessoas em situação de rua durante a pandemia de covid-19. Com o auxílio de uma empresa de recursos humanos que atua na captação e inserção de profissionais para o mercado de trabalho, estas pessoas têm a oportunidade de começar um novo capítulo na vida.
Jeferson de Souza Silveira, 35 anos, é um dos seis homens que conseguiram um emprego com carteira assinada desde que foi acolhido pelo alojamento provisório. Ele chegou no Distrito Federal, de Corinto (MG), há três anos, mas devido a problemas com consumo de álcool, passou a morar nos arredores da Rodoviária Interestadual. Há dois meses, foi viver no alojamento e pediu auxílio aos educadores sociais do Instituto Tocar, que administra o local.
Ele passou, então, por um processo seletivo de uma empresa de recursos humanos e foi aprovado. Com carteira assinada, ele será promotor de vendas em um supermercado em Sobradinho. Outros cinco homens também foram contratados como pedreiros e ajudantes de pedreiros.
Outros 12 homens em situação de rua estão participando de processos seletivos. Até o momento, foram 31 candidatos avaliados e 18 foram selecionados para ocupar as vagas oferecidas.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), mais de 130 oficinas e cursos de capacitações foram realizados em seis meses de funcionamento dos dois alojamentos provisórios, no Autódromo e em Ceilândia. A pasta informa que tem investido em ações para inserção no mercado de trabalho chamando empresários para dar oportunidade para essas pessoas.
Importância do emprego
A diretora dos serviços de acolhimento da Sedes, Daura Menezes, explica que o emprego é um dos principais elementos para estas pessoas conseguirem sair da situação de rua. Segundo a Sedes, 120 dos 184 acolhidos estão no mercado informal de trabalho. O alojamento provisório tem funcionado como rede de apoio para quem procura emprego, podendo colocar o telefone do local no currículo.
O alojamento provisório do Autódromo Internacional Nelson Piquet funciona desde 7 abril. A unidade acolhe pessoas em situação de rua para evitar que elas se exponham à disseminação do novo coronavírus.
A estrutura tem capacidade para 200 pessoas, que recebem cinco refeições por dia. O espaço tem dormitórios, banheiros, armários, área para a lavagem de roupas e alimentação.
*Com informações da Agência Brasília.