Morreu, na noite do último domingo (1º/11), aos 83 anos, o advogado trabalhista Heraldo Amaral de Albuquerque. Ele faleceu em casa, no Lago Norte, em decorrência de complicações causadas por um enfisema pulmonar, que enfrentava há anos. Devido à idade, a enfermidade agravou-se e, após vários períodos internado, decidiu tratar-se em casa, próximo à família.
Nascido em Pernambuco, Heraldo chegou a Brasília em 1970. Veio para acompanhar a mulher, Helena Borges de Albuquerque, 82, chamada para ocupar um cargo público. Ao chegar à capital, ele começou a estudar direito e entrou em uma das primeiras turmas do curso no UniCeub.
Apaixonado pela área trabalhista, dedicou-se à profissão até os últimos dias de vida. Embora não atuasse mais diariamente, devido à idade e problemas de saúde, ele se mantinha atualizado e ajudava o filho, que decidiu seguir a mesma profissão.
“Ele era gente boa. Era uma pessoa que entrava num lugar sem conhecer ninguém e saia de lá como se fosse amigo de longa data. Gostava de conversar mesmo sem conhecer as pessoas, falava com todo mundo, dos mais humildes aos juízes com que tinha contato”, disse o neto de Heraldo, o professor de sociologia Alexandre de Albuquerque Brito, 31 anos.
Alexandre destacou que o avô era apaixonado pela profissão e gostava de pegar causas de pessoas com baixa condição financeira. “Ele tinha interesse em proteger quem não tinha renda e não tinha condição de se defender. Ele nunca largou a profissão. Era, realmente, apaixonado pelo o que fazia”, afirmou o neto do advogado.
Casado há 57 anos, o advogado deixa a mulher, dois filhos, quatro netos e uma bisneta. Data, horário e local do velório ainda não foram definidos.