As Unidades de Conservação (UCs) do Distrito Federal tiveram cerca de 50% menos de área queimada no período de seca, se comparado a igual temporada de 2019. Os dados integram o levantamento do Programa de Monitoramento de Áreas Queimadas nos Parque e UCs (Promaq), do Instituto Brasília Ambiental, e considera as ocorrências registradas até 4 de outubro.
Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), em 2020, foram contabilizadas 243 ocorrências de incêndio florestais e uma área total de 1.688 hectares, em 45 Parques e UC’s. No ano passado, a área atingida nos parques ecológicos e UCs até o final de setembro chegou a 3.172 hectares.
Na análise de Sarney Filho, titular da Sema, o resultado positivo em relação a 2019 ocorreu por conta de uma série de ações adotadas pela pasta, com apoio do Governo do Distrito Federal. Para o plano de contenção de queimadas deste ano, foram disponibilizados R$ 3 milhões. Outro ponto destacado foi o aumento de 48% na seleção de brigadistas para atuação nas ocorrências.
“Mesmo se pegarmos toda área queimada do DF esse ano, de 18 mil hectares, se tirarmos o que foi fruto de queima prescrita, teremos uma área queimada total inferior ao ano passado, na mesma época”, diz. O secretário salienta que o Corpo de Bombeiros do DF tem atuação decisiva no combate aos incêndios florestais que ocorrem principalmente no período de estiagem nos territórios que não compõem Unidades de Conservação.
Na capital federal, os incêndios florestais são causados, em maioria, pela queima de lixo, de entulhos ou restos de poda, além de pontas de cigarros acesas jogadas na vegetação ou fogueiras — o que é crime ambiental. “A população também fez a sua parte evitando o uso indiscriminado do fogo e ainda alertando o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ao perceber a presença de fumaça e focos de incêndio”, finaliza Sarney Filho.
*Com informações da Agência Brasília