O Distrito Federal está em primeiro lugar no ranking de fornecimento de água e ocupa a segunda posição na coleta de esgoto. Os dados são do estudo "Desafios dos Estados quanto aos investimentos em saneamento básico a partir do novo marco legal", feito pelo Instituto Trata Brasil, que apresenta índices sobre a universalização do saneamento básico. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (25/11).
Um dos dados que o estudo utilizou é o de investimento e atendimento de água e esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) que mostrou que, se o atual patamar anual de investimentos na área for mantido, somente DF, São Paulo e Paraná atingirão as metas estabelecidas pela Lei do Saneamento Básico. A lei determina que até o fim de 2033, 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% tenha esgoto coletado e tratado.
Segundo os dados do SNIS, o DF investiu, entre 2014 e 2018, cerca de R$1,2 bilhão em serviços de saneamento. Entre 2019 e 2033, os recursos devem alcançar cerca de R$3 bilhões, com uma necessidade média anual de R$190 milhões, patamar já realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Esses investimentos possibilitam que, atualmente, 99% dos moradores da capital recebam água potável. São Paulo, que está em segundo lugar, tem um índice de fornecimento de água potável de 96%.
O presidente da Companhia, Daniel Rossiter, destacou que no último ano, a Caesb investiu cerca de R$230 milhões em obras em todo o DF e que está melhorando a disponibilidade hídrica, modernizando as redes e garantindo a qualidade da água e do tratamento do esgoto. “Mesmo com os bons índices que já temos, continuamos em trabalho constante de melhoria. O estudo reforça a dedicação ininterrupta de todo o corpo técnico e operacional que não mede esforços para servir à população do DF”, completou.
A Caesb atende 99% da população do Distrito Federal com rede de água e coleta 89,4% do esgoto, sendo 100% tratado. A companhia só não atende em áreas não regularizadas. Os índices também renderam à empresa o 2º lugar entre as capitais brasileiras no ranking Abes da universalização do saneamento, em junho deste ano. O ranking avalia cinco indicadores: coleta e tratamento de esgoto, abastecimento de água e coleta e destinação correta de resíduos sólidos.
Brasil
Ao todo, entre 2014 e 2018, o Brasil teve uma redução de 12,3% nos investimentos totais em água e esgoto. No mesmo período, o investimento em abastecimento de esgoto caiu 30,9%. A meta de investimento não foi atingida em nenhum ano desde a edição do Plano de Saneamento Básico (Plansab), feito em 2013. Em 2014, ano que teve o maior investimento da área, foi investido R$14,2 bilhões, 57% do necessário de acordo com o plano.
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