O Governo do Distrito Federal inaugurou, na manhã desta quarta-feira (25/11), o projeto Cidade da Segurança Pública. O programa, idealizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), visa diminuir os índices de criminalidade na capital federal e nas 33 Regiões Administrativas. Planaltina foi escolhida para ser a primeira cidade a receber o projeto.
Até sexta-feira (27/11), as forças de segurança pública devem oferecer serviços e ações à população local. Segundo o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, além de melhorar os índices, o projeto visa oferecer uma sensação de segurança maior aos brasilienses. Presente na inauguração, o vice-governador do DF, Paco Britto (Avante), avaliou a iniciativa da SSP como importante para toda a população. “A criminalidade e a violência são problemas sociais que sempre vão mobilizar a opinião pública, pois são temas que afetam toda a população”, considerou.
O vice-governador afirmou que os índices de criminalidade estão em queda na capital brasileira e parabenizou o trabalho dos agentes de segurança pública na cidade. “Essa redução é graças às polícias. Sim, temos as melhores polícias do país”, completou.Também durante o evento, o chefe da SSP, Anderson Torres, reforçou a queda nos índices de criminalidade do DF. De acordo com dados da pasta, entre janeiro e outubro foram registrados 8,7% menos casos de homicídio do que o ano passado.
“Gostaríamos que [o índice] fosse zero, mas isso não existe em nenhum lugar. Porém, o índice vem caindo desde o início da nossa gestão e queremos manter esta tendência”, disse. Para isso, o secretário considera que é importante inovar. “Manter índices criminais sem projetos novos e sem inteligência é muito difícil. Por isso, vamos trabalhar com quatro frentes de combate”, afirmou.
Para o empresário Ronaldo Araújo, 43 anos, a ação é positiva, mas precisa ser contínua. “Não basta apenas concentrar todas as forças de segurança por alguns dias em uma cidade específica. O ideal é que, ao fim da ação, Planaltina não seja esquecida”, diz. Morador da região há 21 anos, Ronaldo afirma que é necessário investir em novas tecnologias. “A implementação de câmeras é algo muito importante e que sinto falta aqui na cidade”, completa.
Também moradora da cidade, Pollyana Denar, 27, afirma que o policiamento precisa melhorar. “Fui assaltada semana passada e sinto que falta policiamento constante, e não só quando aparecem ocorrências”, conta. A pedagoga espera que, com o novo projeto do GDF, a segurança realmente melhore. “Espero ver mais policiais nas ruas, pois, de uma forma ou de outra, eles intimidam os criminosos. Isto, principalmente para as mulheres, traz uma sensação de segurança”, afirma.
Projeto
O programa irá contar com ações da Polícia Militar (PMDF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e da Polícia Civil do DF (PCDF). Entre as principais, estão as operações DF Livre das Carcaças, para colaborar com a ação de combate à dengue na região, a partir da retirada de carros abandonados em vias públicas; a Quinto Mandamento, com foco na redução de crimes contra a vida; as inspeções e ações educativas do CBMDF, da Subsecretaria do Sistema da Defesa Civil e do Detran-DF, além da emissão de carteira de identidade pela PCDF.
Durante a semana em que o projeto itinerante estiver funcionando nas cidades, também serão realizadas ações voltadas para o atendimento ao público, como emissão de carteiras de identidade, visitas ao Museu de Drogas da PCDF, posto da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) Móvel e palestra com orientações de primeiros socorros.
Uma ação do programa que foi destacada pelo chefe da pasta foi a iniciativa denominada Áreas Prioritárias de Segurança. Segundo ele, essa medida consiste em um mapeamento das áreas mais perigosas da capital federal. “Escolhemos as áreas mais violentas do DF e vamos para dentro dessas cidades ver o que falta e como melhorar a segurança pública nesses locais”, disse. A visitação começa em janeiro de 2021 e irá durar, em cada área, de três a seis meses. “Vamos entregar uma cidade organizada para que os administradores a mantenham assim”, afirmou Torres.
As próximas cidades a receberem a iniciativa serão escolhidas com base na estrutura das forças de segurança locais, levantamentos e análises criminais feitas por setores de estatística e inteligência, perfil socioeconômico da região, mapeamento de desordens, entre outros.
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