A taxa de reprodução do novo coronavírus, representada por R (t), voltou a crescer no Distrito Federal. De acordo com levantamento feito pela Universidade de Brasília (UnB), a capital apresenta um leve crescimento na epidemia da covid-19 ao registrar índice R (t) acima de 1. A última alta do DF contabilizada pelos pesquisadores foi em agosto, quando houve o pico da doença. Das 31 regiões administrativas monitoradas pelo estudo da UnB, 22 apresentaram aumento na taxa de reprodução do vírus e se encontram em estado de atenção. Estrutural e Arniqueira estão em estado de alerta, devido à incidência entre os moradores.
Os dados são do boletim feito pelo Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia), divulgado nesta quarta-feira (25/11). Segundo o estudo, ainda não é possível afirmar um início de um novo surto, ou segunda onda, pois houve uma redução na quantidade de leitos ocupados em relação ao último boletim divulgado em 11 de novembro.
No entanto, o número de reprodução do vírus está acima do esperado desde o final de setembro. Nesse sentido, os pesquisadores recomendam a intensificação da vigilância epidemiológica, pelo governo, e da atenção às medidas de controle, por parte da população, a fim de evitar aumento de casos.
A pesquisa foi elaborada por um grupo de 26 pesquisadores que integram uma equipe multidisciplinar de especialistas de áreas como matemática, farmácia, engenharia elétrica, gestão ambiental, estatística, ciências biológicas, educação e outras. O intuito é acompanhar e avaliar a evolução da pandemia da covid-19 no Distrito Federal.
O cálculo da taxa de reprodução, R(t), depende da proporção de indivíduos suscetíveis a contrair a doença. Esse número oscila conforme a evolução da epidemia. Segundo o estudo, o pico de infectados é representado pela R(t) 1. Índices acima de 1 representam um alerta para o aumento de casos do novo coronavírus.
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