Secretária de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Celina Leão destacou as ações da pasta em meio à pandemia do novo coronavírus, ontem, em entrevista ao CB.Poder — parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília. “Quando se fala em esporte e lazer, as pessoas pensam só em lazer, mas não é. A secretaria trabalha com saúde. Temos pesquisas que dizem que a cada R$ 1 que você investe em esporte você economiza R$ 3 em saúde. O esporte tem papel relevante nisso”, explicou. Ela adiantou que deve voltar a atuar como deputada federal para votar o Orçamento do próximo ano. “Assim que marcar, quero retornar à Câmara Federal. Estou deixando uma secretaria diferente do que peguei", disse.
Houve medidas de afrouxamento para liberação de algumas práticas esportivas. Como tem sido a fiscalização e o que a secretaria tem feito para garantir a segurança?
É importante lembrar que todas as medidas aconteceram de forma programada. Não liberamos os esportes de uma vez. Primeiro, abrimos os parques. Depois, criamos protocolos a cada decreto que o governador Ibaneis fazia. Por último, conseguimos liberar academias, eventos. A fiscalização não é somente da Secretaria de Esportes, mas, também, do DF Legal e do cidadão. Estamos vivendo um momento em que a cidade está acostumada com a pandemia e temos tido mais dificuldade em monitorar isso. Na área esportiva é duplamente difícil, porque atletas têm dificuldade em fazer atividade física com a máscara.
Existe algum ponto em que ainda exista restrição e que possa ser revisto?
Estamos tentando liberar os Centros Olímpicos. Pegamos a secretaria em um momento de vencimento de todos os contratos. Se você tem, hoje, as academias abertas para quem tem condição financeira de frequentá-las, porque não teria também nossas vilas olímpicas? A gente tem esbarrado muito na burocracia, porque são contratos. E não se pode fugir do que está escrito no contrato. Ninguém estava preparado para esta pandemia. Temos buscado a Procuradoria, mas a ideia é reabrir, inclusive, no período de férias. É um lugar para buscar saúde, esporte e lazer dentro do protocolo de segurança.
Quais foram as principais dificuldades que a senhora encontrou quando assumiu a pasta?
Foi um acúmulo de problemas. Quando assumi a pasta, eu tinha duas motivações que era: retomar gradualmente o esporte no DF e mudar a visão que as pessoas olhavam e percebiam a pasta. Quando se fala em esporte e lazer, as pessoas pensam só em lazer, mas não é. A secretaria trabalha com saúde. Temos pesquisas que dizem que a cada R$ 1 que você investe em esporte você economiza R$ 3 em saúde. O esporte tem papel relevante nisso. Tínhamos toda a área vinculada ao esporte fechada, não tínhamos orçamento, foram momentos de dificuldade.
A ideia é continuar na secretaria até o fim do governo?
Tenho uma perspectiva de retornar para Câmara, agora, para discutir o Orçamento do ano que vem. Essa é uma prerrogativa nossa, como deputada, não vou abrir mão. Isso não está marcado, há essa indecisão. Assim que marcar, quero retornar à Câmara Federal. Estou deixando uma secretaria diferente do que peguei.
Quando as competições voltam a receber o público?
Temos discutido essa questão de público com o Ministério Público. Não queremos uma cena com aquele tanto de gente, é difícil controlar. Esses dias para trás, fizemos uma competição, e tinha mais de 500 atletas. Eles ficam liberados de usar a máscara durante a competição, senão eles não dão conta. Quando você vê, acha tumulto aquele tanto de gente. Ainda é um momento delicado, temos tentado discutir isso. Todos os eventos estão liberados, tem a copa de futebol feminino acontecendo, o Candangão, e vários outros, com público reduzido, não pela nossa vontade, mas pelo momento.
Olhando o esporte como um todo, o DF tem potencial?
Tem. Não tem um dia que eu receba um pedido de reforma de uma quadra. Só Ceilândia tem mais de 90 quadras. Fizemos a interpretação de um decreto do governo que, agora, a Secretaria de Esportes vai poder entrar com reformas em áreas que não são próprias nossas. Vou poder reformar praças em Ceilândia, Sobradinho. Foi um trabalho que fizemos com nossa Procuradoria. Firmamos um contrato com o BRB (Banco de Brasília) e vamos disponibilizar profissionais de educação física nesses locais. Vamos colocar gente para poder dar uma atenção diferenciada para as pessoas que buscam esse equipamento esportivo.
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