Chuvas causam acidentes e morte

Um motorista de caminhão morreu na Estrutural, após um eucalipto cair sobre o veículo. Corpo de Bombeiros registrou 45 ocorrências envolvendo colisões nas vias do Distrito Federal. Precipitações devem continuar até amanhã

DARCIANNE DIOGO - SAMARA SCHWINGEL

postado em 19/11/2020 22:54

(crédito: CBMDF/Divulgação)

As chuvas que atingiram o Distrito Federal, ontem, resultaram na morte de um homem de 49 anos e provocaram transtornos. O motorista Robson Dourado dos Santos estava dentro do caminhão que trabalhava, próximo ao antigo lixão da Estrutural, quando foi atingido pela queda de um eucalipto e faleceu no local.

Robson prestava serviços terceirizados na Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)por meio da Coopercam. No momento do acidente, ele realizava o carregamento de brita da Unidade de Recebimento de Entulhos para o Jardim Botânico. A Novacap informou que está acompanhando e apoiando a família da vítima. Uma sobrinha dele, que preferiu não se identificar, disse que o tio substituía os motoristas quando necessário. Robson deixa a mulher, três filhos e três irmãos.

A Novacap esclareceu que a árvore que atingiu o caminhão foi plantada na área do cinturão verde da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). De acordo com a companhia, o eucalipto caiu devido às chuvas e não apresentava risco de queda. Ontem, o órgão afirmou que retiraria outras árvores do local.

Outras oito ocorrências de quedas de árvores no DF foram registradas pelo Corpo de Bombeiros. Três delas foram na Asa Sul, e as demais em Taguatinga, Planaltina, Lago Sul, Núcleo Bandeirante e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Na 911/711 Sul, a queda de uma árvore deixou a via interditada pela manhã de ontem. A vegetação caiu ao lado do Hospital Naval, por volta das 6h.

Trânsito

Em decorrência das precipitações, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja no DF. O aviso chama a atenção da população para risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Ainda ontem, 45 acidentes de trânsito foram registrados na capital. Pela manhã, um caminhão tombou na BR-020, próximo ao canteiro central. Felizmente, não houve vítimas. Pouco tempo depois, um condutor, identificado como Jeferson Siqueira Gomes, 35, dirigia um Peugeot branco, quando colidiu com um poste de iluminação, na via marginal do trevo do Colorado. O rapaz sofreu parada cardiorrespiratória e equipes de socorro levaram 50 minutos para reanimá-lo. Ele foi encaminhado ao Hospital de Base.

Na via que fica em cima da barragem do Lago Paranoá, cinco pessoas ficaram feridas após uma colisão frontal envolvendo um Gol preto e um Celta prata. A corporação, no entanto, não soube dizer a dinâmica do acidente. O homem que conduzia o Celta, Cristian Robert, foi transportado ao Hospital de Base com fratura na clavícula esquerda. Já o que dirigia o Gol, Júlio da Silva Sodré, foi levado ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS) com dores no tórax e no joelho.

Militares transportaram, ainda, um outro rapaz que estava em um dos veículos ao Hospital Regional do Paranoá (HRPA). O homem apresentava trauma na perna esquerda. Duas das cinco vítimas feridas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por uma ambulância particular.

Fim de semana chuvoso

As chuvas devem continuar no DF, pelo menos, até amanhã, segundo o Inmet. A previsão para os próximos dias é de céu nublado e possíveis trovoadas em áreas isoladas. “No domingo e na segunda, a possibilidade é de precipitações mais fracas, somente em alguns pontos. O Sol também deve aparecer”, afirmou Francisco de Assis, meteorologista do Inmet.

Ontem, choveu 60 milímetros em Brazlândia e 38mm na área central de Brasília. A média de volume de chuvas esperada para este mês, que é de 227mm, deve ser atingida ainda esta semana, segundo o meteorologista. “Até o momento, choveu 217mm, então, só faltam 10mm, o que é fácil de atingir”, destacou. Para hoje, a temperatura mínima deve ficar entre 18°C e máxima, em 26°C. A umidade relativa do ar varia entre 70% e 100%.