Na última sexta-feira (13/11), audiência pública remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal, debateu a proposta de dar o nome de Luiz Cruls para o planetário de Brasília. A autora da proposta (PL nº 818/2019), deputada Arlete Sampaio (PT), argumentou que “a história de Brasília precisa ser resgatada e, nesse trabalho permanente em defesa do patrimônio histórico e cultural, é fundamental rememorar as grandes figuras que ajudaram a pensar e construir Brasília”.
Ela lembrou que o engenheiro foi chefe da Comissão Exploradora do Planalto Central, conhecida como “Missão Cruls”, formada por 21 cientistas, destinada a escolher e demarcar o lugar onde seria construída a futura capital brasileira. A missão partiu do Rio de Janeiro, em junho de 1892, rumo ao centro do país. Depois de 5.132 quilômetros percorridos, foi elaborado o Relatório Cruls, considerado o primeiro estudo de impacto ambiental do País.
A parlamentar entende que a nova denominação do planetário vai instigar os estudantes e os visitantes do local a questionarem quem foi Luiz Cruls e, desse modo, resgatar a história e fortalecer o patrimônio.
Ao elogiar a atuação de Arlete em prol da memória e da cultura de Brasília, o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), José Carlos Coutinho, afirmou que é “dever de todo cidadão comprometido com Brasília e que a ame verdadeiramente preservar do esquecimento aqueles personagens que construíram sua grandeza e que, aos poucos, vão desaparecendo das lembranças das gerações mais jovens”.
Cerca de 70% dos cerca de 130 mil visitantes anuais do planetário são estudantes, de acordo com o secretário adjunto de Fomento à Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Rafael Marques, pasta responsável pela gestão do lugar. “A homenagem ao astrônomo é bem-vinda ao planetário”, avaliou Marques. Cruls também nomina um cometa e crateras lunares.
De acordo com a legislação local (Lei nº 4.052/2007), a alteração de nomes de logradouros e monumentos públicos deve ser ratificada por meio de audiência pública. O projeto agora irá para apreciação das comissões e depois do plenário, de onde seguirá para sanção do governador.
*Com informações da CLDF
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