Em vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher relatou ter encontrado larvas em um croissant, nesta quinta-feira (5/11). O alimento havia sido comprado em uma padaria, na Quadra 301 da Avenida Parque Águas Claras. A consumidora identificou as larvas ao terminar a refeição e disse ter feito uma reclamação com a gerente do estabelecimento, que retirou prontamente os produtos da vitrine.
Sócia-proprietária da padaria Cinco Estrelas, Samira Bomtempo afirmou ao Correio que esse tipo de situação nunca aconteceu com a empresa, desde 1994, quando foi inaugurada. "Confesso que estou decepcionada com a pobreza de espírito do ser humano. Contamos com um time de cinco nutricionistas que ficam o tempo todo dentro da empresa, além das requisições semanais da Vigilância Sanitária. É uma casa especialista em croissants. E eles chegam congelados na loja. Esse tipo de coisa não acontece com a gente", garantiu.
Segundo a responsável pela padaria, a gerente da loja onde ocorreu o problema tratou bem a cliente ao ouvir a descrição do fato. "Trabalhamos com lotes de produção e não tivemos problemas com outros produtos. Não entendo porque especificamente o dela foi escolhido. E ela só encontrou as larvas ao terminar de comer", acrescentou Samira.
Em nota, o estabelecimento informou que o produto foi adquirido na loja e consumido fora dela. "Infelizmente, não temos controle sobre a procedência de armazenamento ou manipulação dos alimentos após a compra e retirada, mas podemos garantir que nada de anormal foi encontrado nos produtos do mesmo lote."
O comunicado da padaria acrescentou que o estabelecimento "segue procedimentos de acordo com os órgãos sanitários" e que "possui equipe de nutricionistas que acompanha todo o processo, desde a produção até a comercialização e entrega ao consumidor final, reiterando, assim, o respeito e o apreço por seus clientes".
Experiência ruim
Em entrevista exclusiva ao Correio, a consumidora, que não quis se identificar, contou que frequenta diariamente a padaria com os colegas de trabalho. "Em alguns momentos, eu tinha visto alguns produtos mais velhos vendidos lá, o que é algo recorrente em diversas padarias. No momento da compra, tinha duas pessoas na fila. Uma delas até comentou que tinha uma mosca dentro da vitrine. A senhora da frente foi embora. Restou um rapaz na minha frente. Passei no caixa, às 8h32. Comprei um croissant, um pão caseiro e um refrigerante. A minha colega comprou outro croissant", detalhou.
Na sequência, ela e a colega foram ao trabalho, perto da padaria. "Não dá nem cinco minutos de deslocamento. Estava conversando com os colegas enquanto comia. Comi um croissant inteiro e dividi o segundo com minha colega. Quando estava no final, vi as larvas saindo do salgado. Vomitei bastante na hora. Minha colega também teve de se acalmar. Não sei se também tinha algo no primeiro salgado, que comi todo. Depois, reparamos que a aparência dele estava esquisita e que estava muito engordurado", contou a cliente.
Ao retornarem à padaria, por volta das 8h50, entregaram o pacote para a gerente. "Quando ela abriu a embalagem, identificou que as larvas estavam lá. A padaria devolveu o valor de um dos croissants, pois eu estava coma um das notas fiscais em mãos. A gerente foi bastante atenciosa. Disse que não sabia o que tinha acontecido e que ia tirar todos os produtos da vitrine na mesma hora. Saímos de lá, passamos na farmácia e comprei um remédio, pois estava com dor no estômago", acrescentou a consumidora.
Por volta das 10h, ela recebeu uma ligação de uma pessoa do marketing da padaria, que queria saber do acontecido. O vídeo chegou à equipe comercial, que marcou uma reunião com a cliente. "Quando cheguei com minha colega, a dona do estabelecimento ainda não tinha chegado. Fomos recebidas pela gerente, com um atendimento impecável. A nutricionista e a gerente também participaram da reunião. A dona apareceu tremendo. Disse que o croissant foi feito em um centro de produções e, depois, enviado à padaria. Ela pediu desculpas", ressaltou a denunciante.
"Solicitaram que eu removesse a publicação, dizendo que era ruim para a padaria. Eu disse que em nenhum momento tinha sido desrespeitosa na publicação. Afinal, só coloquei, de fato, o que ocorreu", afirmou. "Eu sinceramente pensei que a Samira tivesse entendido o nosso lado da história. Eu não tive interesse em fazer a publicação para ganhar dinheiro em cima dos outros", completou a cliente.
Assista o vídeo abaixo:
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