Dia de Finados

Finados: Com pandemia, movimento é baixo nos cemitérios da capital

Desde a entrada, movimentação de pedestres e veículos é baixa. A recomendação da empresa Campo da Esperança é de que as pessoas façam visitas diluídas neste ano

Thais Umbelino
postado em 02/11/2020 13:16 / atualizado em 02/11/2020 15:22
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Os cemitérios do Distrito Federal registram, no Dia de Finados, celebrado nesta segunda-feira (2/11), baixa movimentação em comparação aos anos anteriores. Tradicionalmente, esses locais recebem milhares de pessoas neste feriado, mas, por conta da pandemia, a recomendação foi de que as visitas fossem diluídas neste ano.

No maior cemitério do Distrito Federal, na Asa Sul, o clima era de homenagem e respeito. O volume de carros e de pessoas era baixo desde a entrada. No local estavam veículos autorizados a parar em vaga especial ou destinados a pessoas com deficiência. 

Pandemia

A recomendação da empresa Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios da capital, era de que a população desse preferência às homenagens em casa. Os funcionários observaram uma movimentação maior durante a semana que antecedia o feriado nacional. Para reduzir as aglomerações, os cemitérios abriram mais cedo e vão fechar mais tarde (funcionamento das 7h às 19h).

Ana Lúcia Nonato, 60 anos, aproveitou para arrumar o túmulo do tio e do padrasto, fazendo a limpeza e pintura da lápide, sem deixar de orar por eles. "É uma forma de amor. Fisicamente eu não estou perto, mas espiritualmente eu sinto que eu estou abraçando eles", explicou a dona de casa. Ela levou, pela primeira vez, a neta Maria Alice Nonato, de 6 anos. "Eu conheci o vovô Luiz, e achei legal a experiência", contou a criança.

Tradição

Todos os anos Alberto Santana, 78 anos, depois de visitar o túmulo de familiares, passa para agradecer e rezar por Ana Lídia, uma das figuras mais importantes da história da capital federal. A criança foi assassinada em 1970 e hoje é considerada uma santa por muitos moradores da cidade. "As pessoas só morrerem, verdadeiramente, quando a gente esquece deles. Enquanto as pessoas estiverem lembrando, elas estarão vivendo aqui. Isso é uma questão de fé, eu acredito nisso", relatou o pesquisador da Embrapa.

No túmulo do ex-governador Joaquim Roriz, as moradoras de Samambaia, Maria do Socorro Queiroz, 55 anos, e Maria Lúcia Moura, 67 anos, aproveitaram para agradecer pelos benefícios e ajuda que o político fez na vida delas. "Recebi lote e cesta básica dele. Ele me ajudou muito", contou Maria Lúcia. "Um homem que nem ele a gente não encontra mais. Ele foi um pai para os pobres", completou Maria do Socorro.

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