Dois homens acabaram presos em flagrante na madrugada desta segunda-feira (2/11), suspeitos de violência doméstica. As duas ocorrências aconteceram na zona rural de Brazlândia, em área conhecida como Incra 7. Os homens irão responder por ameaça e injúria. Com isso, já são três casos de violência contra a mulher em menos de 24 horas.
Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, no primeiro caso, a vítima, uma mulher de 22 anos, ligou para a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro, um homem de 27 anos. Os dois tem dois filhos e conviviam há seis anos. Em diversas ocasiões, ela já havia sido agredida tanto física quanto verbalmente, porém nunca havia prestado queixa.
Segundo a jovem, durante o dia, ela teria saído de casa com os filhos, para morar com a mãe. À noite, o homem foi até o local e a convenceu a retornar, prometendo que ele deixaria a residência. Contudo, ao chegar em casa, o agressor disse que não sairia, e passou a xingá-la e tentar agredi-la com socos. Ele só não conseguiu porque a irmã da vítima conseguiu impedi-lo.
Não satisfeito, o homem apanhou um pedaço de pau para tentar acertar a ex-companheira, mas os irmãos dele conseguiram evitar o ataque. O agressor ainda ameaçou a mulher com uma faca e, sem conseguir alcançá-la, usou um pedaço de madeira para golpear o próprio carro.
Quando os policiais chegaram ao local, o suspeito havia fugido e, por isso, os agentes deram início às buscas nas proximidades. Neste momento, foram abordados por moradores relatando outra situação, também de violência doméstica: um homem de 27 anos havia agredido a própria mãe e o padrasto. O suspeito foi preso em flagrante.
Em seguida, os agentes retornaram à casa da primeira vítima e encontraram o ex-companheiro dela na porta. Os dois homens foram levados para à delegacia, com fiança arbitrada em R$ 1.050 para cada um. Como não houve pagamento, eles foram recolhidos à carceragem.
Mais um caso
Policiais militares prenderam um homem suspeito de ter agredido um mulher, na QE 38 do Guará 2, na noite desse domingo (1º/11). Eles foram até o local após serem acionados pela vítima, que contou ter sofrido agressão física e psicológica do companheiro.
Saiba mais
Onde pedir ajuda
- Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
- Telefone: 180 (disque-denúncia)
- Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
- De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
- Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina
- Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
- Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul / Telefone: (61) 3207-6172
- QNM 02, AE, Conjunto G/H -Ceilândia/DF / Telefone: (61) 3207-7391
- Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
- Telefone: 100
- Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
- Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350
O que é feminicídio
Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação, é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.
Fonte: Agência Patrícia Galvão
Tipos de violência contra a mulher
Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.
Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.
A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.
Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima. Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.
Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.
Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.
Fonte: Agência Patrícia Galvão
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