Violência doméstica

Polícia Civil prende em flagrante suspeitos de agressão contra mulheres em Brazlândia

Em um dos casos, vítima era ameaçada por companheiro com quem conviva há seis anos. Em outra situação, homem agrediu a própria mãe. Ao menos três casos de violência doméstica no DF na noite de domingo (1º/11)

Correio Braziliense
postado em 02/11/2020 12:01 / atualizado em 02/11/2020 12:19
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Dois homens acabaram presos em flagrante na madrugada desta segunda-feira (2/11), suspeitos de violência doméstica. As duas ocorrências aconteceram na zona rural de Brazlândia, em área conhecida como Incra 7. Os homens irão responder por ameaça e injúria. Com isso, já são três casos de violência contra a mulher em menos de 24 horas.

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, no primeiro caso, a vítima, uma mulher de 22 anos, ligou para a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro, um homem de 27 anos. Os dois tem dois filhos e conviviam há seis anos. Em diversas ocasiões, ela já havia sido agredida tanto física quanto verbalmente, porém nunca havia prestado queixa.

Segundo a jovem, durante o dia, ela teria saído de casa com os filhos, para morar com a mãe. À noite, o homem foi até o local e a convenceu a retornar, prometendo que ele deixaria a residência. Contudo, ao chegar em casa, o agressor disse que não sairia, e passou a xingá-la e tentar agredi-la com socos. Ele só não conseguiu porque a irmã da vítima conseguiu impedi-lo.

Não satisfeito, o homem apanhou um pedaço de pau para tentar acertar a ex-companheira, mas os irmãos dele conseguiram evitar o ataque. O agressor ainda ameaçou a mulher com uma faca e, sem conseguir alcançá-la, usou um pedaço de madeira para golpear o próprio carro.

Quando os policiais chegaram ao local, o suspeito havia fugido e, por isso, os agentes deram início às buscas nas proximidades. Neste momento, foram abordados por moradores relatando outra situação, também de violência doméstica: um homem de 27 anos havia agredido a própria mãe e o padrasto. O suspeito foi preso em flagrante.

Em seguida, os agentes retornaram à casa da primeira vítima e encontraram o ex-companheiro dela na porta. Os dois homens foram levados para à delegacia, com fiança arbitrada em R$ 1.050 para cada um. Como não houve pagamento, eles foram recolhidos à carceragem.

Mais um caso

Policiais militares prenderam um homem suspeito de ter agredido um mulher, na QE 38 do Guará 2, na noite desse domingo (1º/11). Eles foram até o local após serem acionados pela vítima, que contou ter sofrido agressão física e psicológica do companheiro.

Saiba mais

Onde pedir ajuda

  • Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
  • Telefone: 180 (disque-denúncia)
  • Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
  • De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
  • Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina
  • Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
  • Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul / Telefone: (61) 3207-6172
  • QNM 02, AE, Conjunto G/H -Ceilândia/DF / Telefone: (61) 3207-7391
  • Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
  • Telefone: 100
  • Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
  • Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350

O que é feminicídio

Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação, é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

Tipos de violência contra a mulher

Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.

Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.

A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.

Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima. Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.

Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.

Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

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