A partir desta sexta-feira (22/10), o Memorial dos Povos Indígenas (MPI) estará aberto à visitação pública. Para a reabertura, o local contará com uma seleção de 220 artigos da coletânea de 380 peças reunidas pelo casal de antropólogos Berta Gleizer Ribeiro e Darcy Ribeiro, idealizadores do espaço projetado por Oscar Niemeyer.
De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o MPI voltará a funcionar segundo os protocolos de segurança estabelecidos para evitar o contágio com a covid-19, definidos na Portaria 179, publicada em 16 de setembro pela pasta.
A exposição, intitulada Yúrakapu (expressão da língua terena que expressa boas-vindas e hospitalidade), está aberta de sexta a domingo, das 9h às 15h, e segue regras de higiene e segurança, como uso de máscaras, medição de temperatura, com limite de lotação do salão de 20 pessoas por vez.
Cultura indígena
No local, o público poderá apreciar adornos, plumagens, cordões e tecidos, instrumentos musicais, armas e artefatos de caça, objetos rituais e lúdicos, cerâmicas e utensílios. A mostra reúne arte de cerca de 20 etnias, das pouco mais de duas centenas de povos originários existentes hoje.
O conjunto da exposição é marcado pelo negro das tinturas de jenipapo e babaçu, pelo vermelho do urucum e pelo branco da tabatinga, criando a ambiência cromática dos povos originários. O MPI, localizado em frente ao Memorial JK, abriga ainda a instalação O Bosque das Línguas, que poderá ser apreciada a distância, por trás de um vidro.
A Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac) explica que a divisão da exposição baseia-se no argumento de Darcy Ribeiro de que a criatividade é uma das principais características do indígena brasileiro, ao lado do culto da diversidade, das capacidades de criar e transformar.
O trabalho de identificação das peças exibidas contou com o auxílio de estudiosos indígenas, como Elaíde Bento da Silva Guajajara, neta e filha de artesãos e tecelãs, que ajudou a descrever o saiote utilizado por seu povo. Outro representante dos povos originários que ajudou a aprimorar as descrições das peças da exposição é o engenheiro ambiental Oyexiener Paiter Suruí, nativo da etnia Paiter Suruí, de Rondônia.
Higienização e cuidados
A equipe da Gerência de Conservação e Restauro da Supac trabalhou na higienização dos objetos que compõem a mostra com metodologias específicas durante o processo a fim de manter a autenticidade.
Aqueles que fazem parte do grupo de risco de infecção pela covid-19 (pessoas com 60 anos ou mais, cardiopatas, pneumopatas, imunodeprimidos e gestantes de alto risco entre outras condições particulares) podem solicitar agendamentos de visita em horários especiais pelo e-mail mpi@cultura.df.gov.br .
Serviço
Exposição: Yúrakapu
Local: Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – Eixo Monumental Oeste, em frente ao Memorial JK.
Visitação: de sexta a domingo, das 9h às 15h. Lotação do salão: 20 pessoas. Completada essa marca, será formada uma fila de espera. Uso obrigatório uso de máscara, com medição de temperatura, higienização de álcool gel e utilização de propé em salão acarpetado.
Agendamento especial: mpi@cultura.df.gov.br