Durante entrevista ao CB. Poder nesta quarta-feira (22/10), Valdir Oliveira, superintendente do Sebrae-DF, debateu sobre a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB) e sobre as oportunidades geradas pelas comemorações de fim de ano para os empreendedores. No programa, que é uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, Oliveira avaliou as linhas de crédito disponibilizadas pelo governo e o aumento na procura da consultoria contratada do Sebrae.
De acordo com ele, a privatização é necessária. “A privatização é uma resposta à gestão. Me convenci da necessidade de privatização porque as nossas estatais precisam ampliar o atendimento para sociedade e, para isto, elas precisam de investimento e eficiência, que são duas coisas que o estado não tem”, opinou o superintendente.
Na visão de Valdir Oliveira, a privatização amplia os serviços à população, mas é um tema a ser debatido com a sociedade. “A pergunta que os cidadãos devem responder é se preferem ser proprietários do serviço ou ter acesso a ele. O setor privado sabe gerir e sabe gerir muito bem, mas privatização é um caminho que precisa ser debatido com a sociedade”, avalia.
Segundo o superintendente, o estado é o responsável por garantir a universalidade do fornecimento de energia elétrica. “Nenhum monopólio é saudável para a economia, nem o estatal nem o privado, no caso da energia elétrica, não tem como fugir do monopólio, precisa-se ter cuidado para o interesse do acionista não destruir a necessidade do consumidor, mas esta deve ser a função do estado”, afirma ele. A partir desta regulamentação Oliveira acredita que seja possível garantir o fornecimento de energia em condições razoáveis e para toda a população.
Em relação à economia, Valdir alega que os empreendedores estão se preparando para uma das épocas mais lucrativas do ano, o natal. A pandemia mudou os hábitos de consumo, assim, o empreendedor se viu obrigado a se adaptar e uma das formas encontradas pelo empresário brasiliense foram as consultorias contratadas realizadas pelo Sebrae.
“Nós vamos ter um bom consumo no Natal, mas se o empreendedor não ajustar o hábito de consumo à realidade da empresa, acabará perdendo a oportunidade. A realidade começou a mudar e, a partir de junho, nossos gráficos mostram que a procura pelo Sebrae foi exponencial. Antes, os empreendedores retraíram, e agora buscam novas oportunidades no comércio”, avalia.
*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel