Passados seis meses desde o início da pandemia, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) planeja a volta presencial de atividades interrompidas para diminuir as chances de transmissão do novo coronavírus. Nesta terça-feira (20/10), em entrevista ao CB.Poder — parceria da TV Brasília com o Correio —, a secretária Marcela Passamani afirmou que o governo pretende voltar com o programa Sejus Mais Perto do Cidadão no início de 2021.
“Nós atendemos mais de 60 mil pessoas, em 2019. Com esse programa, nós levamos todos os serviços da Secretaria de Justiça para as cidades: Procon, Na Hora, oficinas, cursos. Nós visitamos as escolas com oficinas de prevenção às drogas e à violência. O Sejus Mais Perto do Cidadão está previsto para o início do ano que vem. Trabalhamos com uma perspectiva de melhora dessa pandemia”, disse Marcela.
Para manter os atendimentos mesmo durante o período de isolamento, a Sejus criou o Programa Sua Vida Vale Muito: a Ação Itinerante. Desde agosto, a iniciativa visita as cidades do Distrito Federal e leva atendimento médico, psicossocial, orientação nutricional e terapia ocupacional aos idosos, especialmente os que participaram da ação Hotelaria Solidária.
“Sabíamos que precisávamos estar a serviço da população. É isso que a gente vem fazendo, mas de uma forma segura. Então, iniciamos essa campanha de atendimento itinerante e, agora, estamos realmente expandindo essa questão”, comentou a secretária.
Mesmo com as medidas de flexibilização e com a volta do trabalho presencial dos servidores, a chefe da Sejus destacou que a pasta trabalha para adaptar os serviços oferecidos à população. “Muitas coisas tiveram de ser adaptadas, mas nunca diminuídas. A cada dia, vemos nos nossos serviços a oportunidade de poder expandir e chegar nas pessoas que realmente precisam dos serviços do Estado.”
Marcela Passamani também falou sobre o número de denúncias registradas por agressão contra mulheres, crianças e adolescentes desde o início da pandemia. A secretária reconheceu que houve aumento dessas ocorrências, mas afirmou que o governo “tem trabalhado para evitar esse número crescente” e defendeu a expansão dos serviços itinerantes como forma de reverter a situação.