Desde o início do mês a Secretaria de Saúde do Distrito Federal tem desmobilizado os leitos de UTI reservados para a covid-19, levando em consideração a redução de casos na capital. Na última semana, o Hospital de Campanha do Mané Garrincha foi desativado. Porém, em caso de aumento de infectados o secretário Osnei Okumoto afirmou que a pasta está preparada para atender a demanda.
“Há um plano de reativação dos leitos importantes para os casos de covid-19. Isso está tudo planejado e monitorado para que a gente não tenha surpresas”, afirmou ao Correio o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, durante evento de abertura do Dia D de Vacinação Contra a Poliomielite e Multivacinação.
“Estamos trabalhando a frente buscando a conscientização da população, mas também lidando com essa retaguarda dos hospitais, das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), das policlínicas, para que a gente possa atender toda a população da melhor maneira possível”, pontuou.
De acordo com ele, a desmobilização dos leitos está seguindo o plano levando em consideração três eixos. "O primeiro é o índice de transmissão entre as pessoas, o segundo é o índice de mortalidade e o terceiro o número de internação. Então quando o número de internações estiver abaixo de 70% a gente estará fazendo a desmobilização em 30% que será avaliada a cada 15 dias”, explicou o secretário.
Para ele, o Distrito Federal vive uma realidade diferente do que aconteceu na Europa — que atualmente passa pela segunda onda da doença. “Lá eles tiveram picos elevados e logo em seguida a queda. Aqui nós tivemos um pico e depois um platô que ficou durante um mês com a transmissão. Então pode ser que o comportamento nosso seja diferente do que está acontecendo na Europa”, afirmou.
Vacina
O Secretário de Saúde também ressaltou que o Distrito Federal está em contato com três indústrias farmacêuticas para a produção da vacina contra o novo coronavírus. “Elas estão na fase 3, que são as mais prováveis de estarem oferecendo a vacina no primeiro trimestre do ano que vem. Esse contato foi muito importante para que a gente pudesse entender como é que vai acontecer esse processo, mas respeitando sempre o Ministério da Saúde que é responsável pela aquisição das vacinas do país”, conta.
Segundo Osnei Okumoto, a ideia é que o Distrito Federal tenha uma autonomia de produzir a própria vacina caso haja necessidade. “É importante a gente poder dar essa segurança para a população do DF”, apontou.