Do quarto para a sala, da cama para o sofá. E vice-versa. As mudanças provocadas pela pandemia do novo coronavírus levaram o brasiliense a investir em um produto que passou a ser mais utilizado por aqueles que agora ficam mais tempo em casa: o colchão. De junho a setembro deste ano, as vendas desse item cresceram 13% , mais que os 9% do mesmo período de 2019.
“Esse aumento é justificado também pelo auxílio emergencial, que aqueceu o comércio como um todo. Além disso, como as pessoas estão ficando em casa, elas viram a necessidade de trocar alguns móveis, melhorar a sua cama, trocar uma mesa, uma cadeira. O consumidor agora investe em conforto”, diz o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal, Sebastião Abritta.
Devido à alta na demanda, os produtos nas fábricas começam a faltar. Segundo Abritta, colchões sob medida, por exemplo, estão disponíveis para entrega só a partir do ano que vem. Além disso, falta matéria-prima nas indústrias, como tecidos, espumas e molas. “A pandemia parou tudo, desativou os pátios das fábricas. Agora, os empresários estão trabalhando para retomar a produção”, explica.
Um colchão de casal tamanho padrão custa, em média, R$ 2,9 mil e o de solteiro, R$ 1,2. Até o fim do ano, com o pagamento do 13º salário e a continuidade das recomendações de isolamento, a expectativa é de que as vendas desses produtos continuem em alta e cresçam até 18%.