A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a motivação do assassinato do pastor evangélico Francisco Antônio dos Santos Marques, de 35 anos. O religioso morreu enquanto orava, durante culto dominical em uma igreja do Areal, em 4 de outubro. O suspeito foi preso temporariamente, por 30 dias, na última sexta-feira, e teria sido contratado para cometer o homicídio.
Câmeras de segurança próximas ao templo gravaram o momento em que o acusado, de 18 anos, entra no local. Ele aparece vestindo uma blusa vermelha, entrando no culto logo após um fiel. Minutos após, o jovem foge correndo. As imagens, além do depoimentos de testemunhas, foram importantes para a identificação do homem, conforme explica o delegado Alexandre Gratão, chefe da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
“Desse modo, chegamos até o autor e, na quinta-feira, representamos pela prisão temporária, que foi concedida na sexta-feira. Cumprimos o mandado na tarde da sexta-feira”, relata. Ele foi preso quando saía da residência dos pais, na região da Fazendinha, no Itapoã. Como o suspeito também estava com porções de drogas e uma balança de precisão, foi autuado em flagrante por tráfico.
Ainda segundo o investigador, a principal “preocupação foi retirar o acusado das ruas, pois é uma pessoa perigosa, que tinha a posse de uma arma de fogo. Conseguimos apreender o artefato, que teria sido usado no crime. A partir dessa prisão, esmiuçaremos todo o crime para determinar a motivação.”
Vingança
Em depoimento na 21ª DP, o jovem alegou que teria sido pago por um homem para cometer o homicídio. Esse suposto envolvido teria encomendado o crime para se vingar do pastor, que teria assassinado o filho dele no Piauí — antes de se converter. Essa é uma das hipóteses dos policiais, que não descartam nenhuma outra linha de investigação.
“Se o autor tinha alguma razão para assassinar a vítima, sequer se preocupou com as pessoas que estavam no local. Trata-se de um crime brutal, que precisava de uma resposta rápida da parte do Estado com a prisão do suspeito. Realizada essa fase, prosseguimos com a apuração”, finaliza o delegado.
"Se o autor tinha alguma razão para assassinar a vítima, sequer se preocupou com as pessoas que estavam no local. Trata-se de um crime brutal”
Alexandre Gratão,
delegado da 21ª DP