Lago Paranoá

Corpo de jovem é encontrado

Luís Gabriel desapareceu no último sábado, após cair de uma lancha. No feriadão, foram registrados cinco casos de afogamento, com duas mortes

Após realizar 25 buscas no Lago Paranoá, o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) encontrou, na manhã de ontem — sob o arco central da Ponte JK, a 20 metros de profundidade —, o corpo de Luís Gabriel Oliveira, 27 anos, que estava desaparecido desde o último sábado. Ao longo do feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, os bombeiros registraram cinco afogamentos no DF. Duas pessoas foram resgatadas com vida e outras duas morreram. Há, ainda, uma vítima desaparecida. Entre janeiro e outubro deste ano, foram contabilizados 73 casos de afogamento.
O pai e o primo da vítima foram levados à base dos bombeiros e reconheceram o rapaz encontrado ontem.Luís Gabriel caiu da lancha em que estava com os amigos por volta das 19h30 de sábado, quando os militares foram acionados. Apesar do mergulho de emergência, as buscas tiveram de ser suspensas por conta da baixa visibilidade e foram retomadas no domingo. O trabalho continuou nos três dias seguintes.
Segundo o capitão Daniel Oliveira, a baixa visibilidade, a profundidade, as baixas temperaturas e o fato de haver restos de obras no fundo do lago dificultaram o resgate da vítima. “Tem risco de colisão, de furar um bombeiro em algum vergalhão. O mergulho é arriscado, sem visibilidade, a temperatura lá embaixo é bastante gelada”, explica o militar.
Agora, a Polícia Civil vai investigar as circunstâncias da morte. “Temos umas das maiores frotas náuticas do país, as pessoas ainda insistem em entrar na água sem coletes salva-vidas. Às vezes, há pessoas que entram e não avisam os outros convidados, que quando vão perceber que determinada pessoa não está dentro da embarcação já é tarde demais”, alerta o capitão Oliveira.

Fiscalização

A Marinha do Brasil informou que, de janeiro a 10 de outubro deste ano, realizou 3.497 abordagens a embarcações no Lago Paranoá. Os militares verificam a documentação do barco e a habilitação do condutor; realizam teste de alcoolemia no motorista; checam equipamentos de segurança, verificam o número de pessoas a bordo, se está dentro da capacidade da embarcação; o estado de conservação do barco; dentre outros.
O órgão também explicou que “realiza ações educativas e de fiscalização no lago, chamadas de Inspeção Naval, frequentemente, incluindo toda sexta, sábado, domingo e feriados, além de dias aleatórios durante a semana. (...) Caso o condutor ou a embarcação esteja descumprindo qualquer norma, o condutor e o proprietário são notificados e autuados. Dependendo da infração, a embarcação pode ser apreendida”.