A menos de dois meses para o Natal, comércios do Distrito Federal preparam as vitrines para a data, uma das mais esperadas do ano. Como as lojas passaram um bom tempo com as portas fechadas, como medida de segurança contra a pandemia do novo coronavírus, decretada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), empresários de diversos segmentos anteciparam a decoração natalina para atrair a clientela. Embora os comerciantes estejam otimistas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) prevê que o destaque deste fim de ano serão as vendas on-line.
De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, os comércios estão se recuperando aos poucos e, como as vendas virtuais cresceram durante a pandemia, a tendência é de que elas se mantenham em alta até o fim do ano. “Desde a reabertura, os comerciantes conseguiram recuperar 40% das vendas. As pessoas ainda estão com dificuldade de ir aos shoppings, não por medo, mas porque a tendência é de que as vendas on-line vão superar as presenciais”, avalia.
O instituto não tem uma estimativa de quanto a data deve movimentar na economia local. Mas, Maia afirma que qualquer aumento será significativo. “Depois da pandemia, cada 2% ou 3% serão muita coisa. Se chegar a 10% no presencial será maravilhoso! Uma pesquisa nossa mostrou uma alta na contratação. Cerca de 3 mil serão contratados para o comércio. Isso mostra a confiança dos empresários com o Natal”, destaca o presidente da Fecomércio-DF.
Para o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), o Natal será bom para os empresários, assim como foi o Dia das Crianças. “O comerciante ficou satisfeito, e o no Natal será a mesma coisa. É uma festa que envolve todo mundo. Acreditamos mais na venda pela internet. Isso vai tirar muita gente das lojas”, explica Edson Castro, presidente do Sindivarejista-DF. Ele adianta que entre os produtos que mais devem ser procurados para o Natal estão confecções, sapatos, eletrodomésticos, celulares e perfumaria.
Decoração
Dona de uma loja de sapatos em Samambaia, Marly Sampaio, 42 anos, encheu a vitrine de pisca-pisca e enfeites natalinos. Para ela, os detalhes chamam a atenção dos clientes. “Mesmo que não entrem para comprar, ficam de olho da decoração. Quando quiserem comprar um sapato, vão lembrar das luzes e, quem sabe, não volta?”, diz. Apesar do movimento ainda baixo, desde a reabertura dos comércios, ela está otimista com as vendas de Natal. “As pessoas estarão em casa, mas não abrem mão de estar bem-vestidas e de presentear. O que nos anima é isso”, afirma.
Na loja de artigos de decoração Cei Norte, em Taguatinga, as vendas estão a todo vapor. Todo ano, em setembro, o estabelecimento prepara um espaço apenas com opções natalinas para a clientela, com árvores de Natal, enfeites, guirlandas, papais noéis, entre outros. Vendemos muito para shoppings, igrejas, condomínios, vem muita gente de fora também. Em comparação com o ano passado, tivemos um aumento médio de 30% a 40% nas vendas”, comemora o dono da loja, Luiz Paulo Zerneri.
Moradora da Asa Sul, a servidora pública Rejane Parente, 53, tirou uma manhã para procurar artigos decorativos de Natal para a casa nova. “Estou olhando tamanhos de árvores, porque me mudei recentemente e quero comprar uma árvore maior para fazer uma decoração diferente. Fim de ano é muito tumultuado, então, quanto mais eu antecipo as compras, compro e pago melhor”, revela. Para ela, apesar da pandemia, o Natal deve ser celebrado. “A gente não pode perder a esperança nem entrar na vibe negativa. Tem que pensar que tudo vai melhorar, tudo vai ficar bem, e a casa decorada remete a isso, uma renovação, como se você tivesse se blindando de coisas ruins”, finaliza.
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