Após viver um ano atípico com a pandemia da covid-19, o Instituto Brasília Ambiental, por meio da sua Diretoria de Unidades de Conservação (Diruc), reforça o apoio dado ao IX Plantio das Águas, que tem um objetivo especial neste ano: homenagear as vítimas da covid-19 e as crianças que nasceram durante a pandemia no Distrito Federal.
Ao todo, serão plantadas mais de cinco mil mudas de plantas como ipês, jatobás, jacarandá, orelha de onça, sangra d’água, buriti, urucum, jenipapo, oiti e cagaita, entre outras. Tanto os familiares de quem se foi como os de quem chegou serão convidados a participar dos plantios, explica o tecnólogo em Gestão Ambiental Edmir Moreira, coordenador do Movimento Ecos do Cerrado.
A iniciativa, que surgiu do Movimento Ecos do Cerrado, começa no próximo domingo (25/10), no Parque Ecológico Areal, mas se estenderá por dois anos. “Serão plantas não frutíferas e frutíferas. Será um plantio diversificado, elaborado, deixando de fora plantas exóticas e outras que não têm a ver com o Cerrado do DF. Nossa intenção é, efetivamente, homenagear a vida. Cada vítima da pandemia e cada criança que nasceu neste período terá uma muda plantada em sua homenagem”, esclarece Edmir.
O diretor de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, André Luiz Cordeiro de Mendonça, ressalta que o Plantio das Águas visa, anualmente, ampliar o número de áreas plantadas nos parques que precisam dessa intervenção de recuperação da flora. “Nossa participação, enquanto órgão ambiental, é orientar as áreas mais apropriadas para receber esse tipo de plantio. O restante é tudo trabalho voluntário da comunidade, coordenado pelo trabalho também voluntário do Edmir”, destaca.
Segundo Edmir Moreira, a parceria com o Brasília Ambiental dura desde 2014, e tem sido muito bem sucedida. Ele explica que o nome do projeto surgiu dos ativistas ambientas. “Nós, que nos consideramos ativistas ambientais, chamamos de ‘plantadores de água’ o plantio que visa recuperar nascentes, feito às margens de um ribeirão, em uma área degradada e/ou próximo a uma mata ciliar. Isso porque esse plantio vai, de alguma forma, aumentar o volume de água. Mas tem também a ver com a época de chuvas no DF. Anualmente o plantio começa no início das águas, em outubro, e vai até março, quando elas finalizam”, detalha.
Mutirão
Além do Parque Ecológico Areal, onde serão plantadas 110 mudas, no calendário deste ano constam para plantio as seguintes áreas: o Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia, em 14 de novembro; o Parque de Uso Múltiplo do Setor O, em 28 de novembro; e o Parque Ecológico Veredinha, em Brazlândia, em 5 de dezembro.
As mudas são todas doadas. Há um trabalho de coleta de sementes, também feito e coordenado pelo Movimento Ecos do Cerrado, bem anterior ao recebimento das mudas. “Na época da seca coletamos sementes, entregamos aos nossos parceiros e eles nos devolvem como mudas. Neste ano elas vieram do viveiro do Lago Norte, do Projeto Pede Planta e algumas foram produzidas pelo próprio movimento, embora não tenhamos viveiro. Todo o trabalho é voluntário”, enfatiza o coordenador.
Além da comunidade mobilizada pelo Ecos do Cerrado, o plantio contará com a participação de agentes de parques e brigadistas do Brasília Ambiental. Em anos anteriores esta ação reunia cerca de 300 pessoas, mas, devido à pandemia, o grupo deve ficar entre 30 e 40 voluntários, e todos seguindo as recomendações de prevenção à covid-19 – uso de máscara e higienização das mãos com sabão e álcool gel, por exemplo, sempre com a devida distância de segurança.
* Com informações do Brasília Ambiental
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