Após mais de 11 horas, ontem, à procura de Luís Gabriel da Silva Oliveira, 27 anos, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) retoma, hoje, as buscas pelo rapaz. Ele caiu nas águas do Lago Paranoá, próximo ao arco central da Ponte Juscelino Kubitschek na noite de sábado, enquanto passeava de lancha com amigos.
De acordo com o capitão Daniel Oliveira, do CBMDF, apesar de haver testemunhas, a área de busca é ampla. “Como as pessoas nessas embarcações estão em festividades, ingerindo bebida alcoólica, a informação não é tão precisa, mas fizemos o máximo de perguntas para as testemunhas”, destacou o militar. “A embarcação estava rebocando outras duas motos aquáticas, então existe uma hipótese de que ele (Luís) poderia ter se chocado com uma dela antes de afundar”, detalhou Oliveira.
Com os dados coletados, os bombeiros definiram um ponto central e, em torno dele, um quadrante de 70x90 metros, fazem a varredura, com uma dupla de mergulhadores. A profundidade no local varia entre 18 e 20 metros.
Caçula
Ontem, familiares de Luís acompanharam as buscas. “Confio plenamente no serviço do Corpo de Bombeiros, e o que nos resta é acreditar que vão fazer o melhor trabalho possível e confiar em Deus que eles consigam trazê-lo com vida”, afirmou o irmão mais velho de Luís Gabriel, Luciano da Silva Oliveira, 39.
Luís Gabriel é o caçula de três irmãos e mora com a mãe, em Taguatinga. Os pais do rapaz são separados. “Minha mãe não teve condições de acompanhar as buscas. Está muito abalada. Minha irmã também passou mal e não conseguiu acompanhar”, contou Luciano.
Não era a primeira vez que o jovem curtia o fim de semana com os amigos em passeios de lancha. De acordo com o irmão e com publicações nas redes sociais de Luís Gabriel, todos os fins de semana, ele estava no Lago Paranoá.
“Com relação ao fato, são informações que a gente não tem certeza ainda. Está sendo investigado. O que nos informaram é que ele se desequilibrou, caiu da lancha e, como tinha um jet ski acoplado ao barco, ele bateu a cabeça e submergiu”, detalhou Luciano. O irmão de Luís acredita que todos que estavam na embarcação haviam ingerido bebida alcoólica e estavam sem colete salva-vidas. “São fatos gravíssimos. Tem fiscalização no lago, então tem que ser fiscalizado para inibir esse tipo de abuso.”
De acordo com o coronel Deusdete Vieira, do Corpo de Bombeiros, que comanda a operação, a maioria dos casos de afogamento no Lago Paranoá e de situações similares à de Luís Gabriel, em que as pessoas não fazem uso de colete salva-vida e estão sob efeito de bebida alcoólica.
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