Violência contra a mulher

Mulher que rezava por companheiro é esganada por ele na saída da igreja

O agressor, um homem de 38 anos, é usuário de crack, e foi preso em flagrante. Caso aconteceu no Gama, na tarde de sexta-feira (9/10)

Correio Braziliense
postado em 10/10/2020 11:25 / atualizado em 11/10/2020 11:44
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Agentes da 14ª Delegacia de Polícia Civil (Gama) prenderam em flagrante, no fim da tarde desta sexta-feira (9/10), um homem de 38 anos que tentava esganar a companheira em frente a uma igreja evangélica localizada na QI 7, no Setor de Indústrias do Gama. A mulher tinha ido ao local justamente para rezar pelo companheiro que fazia uso de crack desde às 13h segundo os oficiais.

Quando a vítima deixava a igreja, ela foi surpreendida pelo companheiro, que a agrediu fisicamente, a xingou e a ameaçou. Quando os policiais chegaram, ele apertava o pescoço da mulher fortemente. Ela informou que não conseguia mais gritar, contudo, disse que orou para Deus pedindo uma solução.

Graças à ação rápida dos policiais, a vítima não teve graves ferimentos e, portanto, não precisou ser encaminhada ao hospital. Segundo o delegado-chefe da 14ª DP, Jônatas Silva, esta não é a primeira situação de violência entre o casal. A mulher já havia registrado outras nove ocorrências policiais de agressão contra o companheiro, sendo a primeira de 2016.

Onde pedir ajuda

  • Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
    » Telefone: 180 (disque-denúncia)
  • Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
    » De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
    » Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina
  • Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
    » Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul
    » Telefone: (61) 3207-6172
  • Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
    » Telefone: 100
  • Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar**
    » Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350

O que é feminicídio?

Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação, é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

Tipos de violência

Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.

Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.

A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.

Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima. Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.

Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.

Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

 

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