Inflação

Preço do tomate aumenta 51% em setembro no DF

Variação é decorrente de redução de área plantada, altas temperaturas e baixa umidade. Hortaliças apresentaram aumento de 2,27%

Tainá Seixas
postado em 09/10/2020 16:54 / atualizado em 09/10/2020 16:54
O tomate tende a manter preços elevados devido a fatores climáticos -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O tomate tende a manter preços elevados devido a fatores climáticos - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa/DF) divulgou, nesta sexta-feira (9/10), o Índice Ceasa do Distrito Federal (ICDF) de setembro que mostra a variação no preço das hortaliças no mês. E o tomate, produto presente na casa da maioria dos brasilienses, apresentou aumento de 51%, em relação ao mês anterior.

"O tomate tende à manutenção de preços elevados devido aos fatores climáticos que afetam fortemente o produto. Tomate é um produto bem sensível", explica João Bosco Soares, da Seção de Controle de Portaria e Estatística da Ceasa.

No índice geral, a variação foi de 2,27%. Os legumes tiveram a maior variação entre as categorias avaliadas, com alta de 5,71%. As verduras também apresentaram aumento de 2,05% e as frutas subiram 1,11%. Ovos e grãos, no entanto, apresentaram queda de 1,16%.

Alta nos preços

Dentre os legumes, o quiabo foi o produto com maior variação, 54,74%, seguido do chuchu (51,44%) e tomate (51,10%). Outro legume bastante consumido pelos moradores da capital é a cenoura, que teve aumento de 17,91%.

O aumento do preço do tomate é explicado pela Ceasa por redução na área plantada, resultando em menor oferta do produto no mercado. Por outro lado, a batata e a cebola tiveram quedas no preço de 19,48% e 11,57%, respectivamente.

Dentre as frutas, a laranja pera foi a que mais apresentou aumento (19,27%), seguida da banana maçã (15,24%) e nanica (11,43%). Esses aumentos são explicados pela demanda elevada devido às altas temperaturas e á redução da produção dos alimentos. O morango, no entanto, teve queda de 19,87% devido ao aumento na oferta.

As verduras também apresentaram aumento nos preços devido à alta nos termômetros, que prejudicam o desenvolvimento das folhosas. O repolho aumentou 35,23% e a alface fresca teve aumento de 7,27%.

Os únicos produtos que apresentaram redução nos preços foram ovos e grãos. Os ovos vermelhos, cujos preços são mais elevados, tiveram queda de 6,55% enquanto os brancos variaram negativamente em 0,79%.

Tendências

"A previsão da chegada das chuvas para este mês de outubro também tende a influenciar as folhagens. Ao passo que com o calor intenso elas sofrem com seu desenvolvimento, quando vem a chuva, seguida de calor, esse processo de degradação se intensifica, fazendo com que o cultivo seja muito mais difícil", afirma Soares.

"A batata e a cebola tendem a ganhar preço devido ao ciclo de produção local que já vai se arrefecendo e à entrada do período de chuvas, gerando dificuldades de colheita, abrindo espaço para a retomada de preços", completa.

Inflação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta sexta-feira. A inflação de Brasília em setembro apresentou alta de 0,37%, abaixo da média nacional de 0,64% e a segunda menor entre as 16 regiões metropolitanas/municípios pesquisadas

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