A Defensoria Pública do Distrito Federal recomendou que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) distribuam água potável para a população em situação de rua. A orientação foi emitida na terça-feira (6/10) diante do aviso de risco de morte (hipertermia) decorrente da "onda de calor" que atinge a capital.
O órgão destaca que tem “plena ciência” de que existe fornecimento de água potável e de alimentos nos pontos de assistência social destinados às pessoas em situação de rua, mas ressalta que, para se deslocar até esses centros, as pessoas “precisam, invariavelmente, andar distâncias consideráveis à pé, sob forte exposição solar, sem qualquer tipo de proteção”.
Por esse motivo, a Defensoria Pública sugere que o governo organize a distribuição de água potável em lugares “com notória circulação de pessoas deste grupo vulnerável”, como praças, calçadas e ruas, mas com sombra e pontos arejados.
Entre as recomendações, ainda consta a instalação de estruturas provisórias com climatizador evaporativo industrial no Setor Comercial Sul e em Taguatinga Centro.
No documento enviado à Caesb e à Sedes, a Defensoria também recomenda a instalação de bebedouros públicos nos locais das regiões administrativas em que “haja reconhecido fluxo de pessoas em situação de rua e outros transeuntes”.
O Correio entrou em contato com a companhia e com a secretaria, mas ainda não obteve retorno.
Nesta quinta-feira (8/10), o DF atingiu o dia mais quente do ano. Por volta das 14h, os termômetros registraram 36,9°C na região de Águas Emendadas. No mesmo horário, a umidade relativa do ar ficou na faixa de 12%.
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