Exame

Autoteste de HIV gratuito está disponível na rede pública do DF

O produto é fornecido gratuitamente em três unidades da rede pública do DF: no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília

Correio Braziliense
postado em 08/10/2020 10:02 / atualizado em 08/10/2020 10:03
Exame pode ser feito em casa, por qualquer pessoa, mas o indicado é fazê-lo ao lado de um profissional -  (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)
Exame pode ser feito em casa, por qualquer pessoa, mas o indicado é fazê-lo ao lado de um profissional - (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) começou a disponibilizar o autoteste para detectar o vírus HIV. O produto, o mesmo vendido em farmácias, é fornecido gratuitamente em três unidades da rede pública do DF: no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTCA), no Hospital Dia e no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Não há restrições de uso e qualquer pessoa maior de idade pode ter acesso ao produto para uso próprio ou para aplicá-lo em outro usuário. “O teste é rápido e simples, semelhante a um teste de gravidez de farmácia”, esclarece Gilmar Decaria, chefe do NTCA. “Além disso, a embalagem contém todas as orientações”.

O autoteste é disponibilizado em uma caixinha. Nela, estão os produtos necessários para o exame, inclusive o reagente. Basta o usuário dar uma furadinha no dedo, colher o sangue em um tubo de vidro, colocá-lo numa plaquinha e aplicar o reagente. O resultado sai em 20 minutos.

O usuário pode fazer o teste em casa. Mas, para Gilmar, o melhor mesmo é fazer o teste nas unidades de saúde, onde há equipes multidisciplinares preparadas para atender o paciente. “O ideal sempre é fazer o teste do lado de uma pessoa capacitada para orientar e aconselhar, principalmente nos casos em que o resultado é positivo, quando a pessoa vai precisar de aconselhamento”, recomenda Gilmar.

Além dos autotestes, o NTCA, o Hospital Dia e o HUB também disponibilizam exames laboratoriais de hepatites B e C, HIV e sífilis.

HIV em números

Os casos de HIV no Distrito Federal cresceram em 2019 em relação a 2018. Em 2019 foram registrados 1.071 casos novos de HIV. Entre jovens de 15 a 19 anos, em 2015, o índice nessa faixa etária era de 3,9% do total de casos. Em 2019, esse número saltou para 11,6%.

Os dados mostram também que a doença predomina e cresce mais junto ao público masculino. Ou seja, os homens são mais infectados do que as mulheres.

A Secretaria de Saúde informou que tem procurado alertar a população com campanhas educativas, orientações nas unidades de saúde e até mesmo com distribuição de autotestes. Inclusive, a rede pública do DF disponibiliza gratuitamente vacina para prevenção da hepatite B.

Com informações da SES-DF

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