Resgate

Bebê é abandonado dentro de caixa de isopor no Entorno do DF

O menino foi encontrado na BR-040, entre Luziânia e Cristalina, no Entorno do DF. O recém-nascido passa bem e está internado no Hospital Regional de Santa Maria

Darcianne Diogo
postado em 07/10/2020 21:56 / atualizado em 07/10/2020 22:25
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Um recém-nascido foi abandonado dentro de uma caixa de isopor, nesta quarta-feira (7/10), na BR-040, entre Luziânia e Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. O bebê tinha poucas horas de nascido e ainda estava ligado à placenta.

Após denúncia anônima, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) resgatou o neném e o encaminhou ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O conselheiro tutelar de Santa Maria, Hessley Santos, procurou a 33ª Delegacia de Polícia para registrar boletim de ocorrência. O caso, no entanto, será investigado pela delegacia de Luziânia.

Caixa de isopor onde bebê foi encontrado
Caixa de isopor onde bebê foi encontrado (foto: Reprodução)

Segundo o conselheiro, antes de ser encaminhado ao hospital, o Samu levou o menino até o posto de saúde de Luziânia. “Não tinha equipamento público e eles precisaram pegar. A criança está bem e não corre risco de morte, mas, quando foi encontrada, estava sem nenhum tipo de proteção. Se estivesse muito frio, ele poderia ter morrido”, afirmou.

No HRSM, os profissionais de saúde até deram nome ao bebê. Na tarde desta quarta-feira, a juíza de Luziânia determinou que o recém-nascido seja levado para o abrigo do município goiano, após receber alta. A previsão é de que até sexta-feira (9/10) ele saia da unidade de saúde. “Ele é o perfil completo para adoção: tem menos de 2 anos, sem nenhum tipo de deficiência e é recém-nascido”, destacou Hessley.

Até a última atualização desta reportagem, nenhum suspeito de ter abandonado o menino tinha sido encontrado.

Procedimentos Legais

O conselheiro tutelar explica que, caso a mãe tenha interesse em entregar a criança para a adoção, ela pode manifestar o interesse no próprio hospital, antes mesmo do parto. "Ela será encaminhada, sem nenhum tipo de constrangimento, à Vara de Infância e Juventude, que tomará os procedimentos legais. A mãe ainda será ouvida e pode, inclusive, voltar atrás para ter o bebê de volta", detalhou. 

Segundo ele, se a criança for deixada no hospital em um prazo de 30 dias e a mãe não se manifestar, o recém-nascido é colocado em um processo para destituir o poder familiar da mãe. Ele orienta, ainda, as famílias que desejam adotar. "Quem tem esse interesse deve procurar a Vara, levar documentações, fazer um curso preparatório e aguardar", finalizou.

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