A partir da próxima segunda-feira (5/10), todas as 135 salas de vacinação do Distrito Federal vão ofertar a vacina contra a poliomielite. A Campanha Nacional de Vacinação segue até 30 de outubro e tem como público alvo crianças menores de 5 anos. É importante que os pais ou responsáveis levem os pequenos para vacinar, mesmo com a pandemia da covid-19.
De acordo com a Secretaria de Saúde, todas as unidades básicas de saúde (UBSs) estão preparadas para receber a população com estratégias específicas para manter o distanciamento entre os pacientes, além das medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus. O uso da máscara de proteção facial é obrigatório, tirando apenas na hora da vacinação.
Diferente de outras vacinas, na da poliomielite é administrada uma gota do medicamento em vez da aplicação por injeção. Dependendo do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina. Estima-se que, no DF, haja cerca de 160 mil crianças nessa faixa etária e a meta é imunizar 95% desse público.
Multivacinação
Na segunda-feira (5/10), também começa a Campanha Nacional de Multivacinação para atualização da Caderneta de Vacinação das crianças e adolescentes de até 15 anos. O objetivo é analisar se o esquema de vacinação desse grupo está completo e, no caso de estar faltando alguma vacina, aplicar as doses necessárias.
No período de janeiro a abril de 2020, nenhuma das vacinas do calendário infantil atingiu as metas preconizadas. “Durante a campanha, serão ofertadas todas as vacinas do calendário básico de vacinação da criança e do adolescente. O intuito será diminuir o risco de transmissão de enfermidades imunopreveníveis, assim como reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal”, destaca Renata Brandão, gerente de Imunizações da Secretaria de Saúde.
Poliomielite no Brasil
O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. O país, desde então, vem realizando esforços para atingir a meta dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde para manutenção do país livre da doença.
No DF, a série histórica dos últimos 20 anos da cobertura vacinal contra a poliomielite em menores de 1 ano mostra uma tendência de queda, sendo que, em 2015 e de 2017 a 2019, a meta não foi atingida (95%). De janeiro a abril de 2020, a cobertura vacinal foi de apenas 67,3%. No mesmo período de 2019, era de 89,2%.
“O último registro de caso confirmado para a poliomielite no DF foi em 1987. No entanto, as coberturas vacinais ainda são heterogêneas, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Por isso é tão importante atingir a meta de vacinação”, explica Renata Brandão.
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