Os hábitos de transportes mundiais sofreram mudanças devido à pandemia e a fatores econômicos. Com a diminuição do uso de transporte público e o aumento da circulação de bicicletas, a Universidade de Brasília (UnB) fez uma parceria com a Universidade de Valência para desenvolver um estudo sobre os riscos de andar de bicicleta nas vias urbanas e sobre o comportamento do ciclista no trânsito.
A pesquisa está em desenvolvimento em Portugal, Brasil, Reino Unido, Haiti, França, Espanha, China, Itália e Alemanha. A principal ferramenta utilizada pelos estudiosos é o questionário de comportamento de pedalar de bicicleta, disponível no Google Formulários.
A participação é voluntária e se dará por meio do preenchimento de uma série de perguntas, dividida em duas partes (Percepção de risco e Variáveis Sócio-demográficas). Além disso, não existe resposta certa ou errada durante o preenchimento: os pesquisadores têm interesse apenas em conhecer o comportamentos dos usuários de bicicleta.
De acordo com a doutora em Transportes pela UnB e responsável pelo projeto no Distrito Federal, Zuleide Oliveira Feitosa, o estudo faz o levantamento de três indicadores de comportamento do ciclista: o erro, a violação e a prevenção. “O primeiro ocorre sem nenhuma intenção, mas por uma tomada de decisão, um julgamento errado ou não prevenido. O segundo acontece a partir da intenção de violar, como atravessar a rua fora da faixa de pedestre. O terceiro, são aqueles desenvolvidos intuitivamente pela proteção e empatia pelo outro no trânsito de modo geral”, explica a pesquisadora.
A partir destas três variáveis das percepções dos ciclistas, será possível indicar quais as medidas a serem tomadas por planejadores e interventores no ambiente urbano e de trânsito para prevenir acidentes. “A pesquisa será um exemplo da preocupação do DF com a mobilidade em um contexto local, nacional e internacional. Nosso objetivo é primar pela segurança diária de todos que se deslocam nas vias urbanas, com foco na micro mobilidade. Por meio do estudo, surgirão estratégias interventivas de comportamentos seguros que o ciclista precisa adotar para se proteger no trânsito”, esclarece Feitosa.
Confira o questionário aqui.
*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel
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