Alerta

Moradores do DF recebem sementes misteriosas da China

Dois casos foram comunicados à Secretaria de Agricultura do Distrito Federal, que alertou para "risco de disseminação de pragas exóticas" e explicou como agir em casos de recebimento de sementes desconhecidas

Alan Rios
postado em 01/10/2020 15:22 / atualizado em 02/10/2020 09:54
Sementes misteriosas foram enviadas junto com encomendas realizadas por consumidores -  (crédito: Gabriel Zapella/Cidasc/Divulgação)
Sementes misteriosas foram enviadas junto com encomendas realizadas por consumidores - (crédito: Gabriel Zapella/Cidasc/Divulgação)

Sementes misteriosas chegaram ao Distrito Federal em encomendas vindas da China. O fato inusitado e suspeito já vinha acontecendo em outras unidades da Federação, com registros de 36 casos, e agora preocupa as autoridades da capital.

A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) confirmou que dois moradores do DF registraram o recebimento não solicitado das sementes, pelos Correios. Representantes da pasta avaliam a situação com cautela e pedem à população para que não jogue fora ou plante esses produtos, caso receba, pois isso poderia trazer riscos.

“Essas sementes podem ocasionar danos severos à nossa agricultura. Elas podem incorrer na disseminação de pragas exóticas que não existem na nossa região e nem no território nacional, ou pragas que já foram erradicadas”, afirmou o gerente de Sanidade Vegetal, Karlos Edward Rodrigues de Santana.

O que fazer?

Os moradores da capital que se depararem com as sementes enviadas pelos Correios devem procurar a Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, no Eixo Monumental, Via S1. A unidade corresponde ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e está analisando os materiais.

“O Ministério confirma, até o momento, o recebimento de 36 pacotes, todos originários de países asiáticos, como China, Malásia e Hong Kong, recebidos em oito estados diferentes. Até o momento, ainda não é possível apontar os riscos envolvidos. O material foi enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia para as análises técnicas”, informou o órgão Federal, em nota.

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