Confirmando a preferência por atividades geralmente concentradas durante o dia, uma cobra conhecida como corn snake (cobra-do-milho) foi capturada na manhã de hoje, nas proximidades da QNP 10 Conj. P (Ceilândia). O animal foi recolhido no meio da rua e engrossou a lista de 20 cobras capturadas, apenas no mês de setembro. Depois da ação de integrantes do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, a cobra, pela classificação de espécie exótica, foi encaminhada para o Cetas (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres) do Ibama.
Dócil e inofensiva, a corn snake comumente vive no sudeste dos Estados Unidos. Apesar de ter veneno, ela não consegue inocular a substância, dado que as presas se localizam, praticamente, na garganta. Ontem à noite, no Núcleo Rural Vargem Bonita (ParkWay) foi capturada uma falsa coral. Os agentes da polícia tiveram menos trabalho, uma vez que a cobra já tinha sido colocada por populares em uma garrafa. Os animais agitaram ainda mais as últimas 24 horas do serviço do BPMA.
Dez viaturas costumam circular pelo DF, na solução de ocorrências. Cerca de 60% dos casos, envolveram saruês; mas houve casos de pedido de captura de tartaruga, filhote de periquito, arara e até de um urubu impedido de voar, por causa de um ferimento. Só este ano, 400 cobras foram capturadas. A destinação dos animais segue o seguinte protocolo: em boas condições, há análise e tendência à soltura, em local adequado; no caso de animais machucados, há sistemática de transporte para o zoológico.
Casos incomuns
Há quase duas semanas, uma rara king snake, que tem como habitat o norte do México e o sul dos Estados Unidos, foi localizada numa sacada de apartamento de Águas Claras. A Polícia Civil mantém investigações para elucidar o caso.
Igualmente um caso envolvendo cobras motivou investigações, no Gama, com muita repercussão, por se tratar de uma naja. Criada de modo irregular, no Guará, o animal picou Pedro Henrique Krambeck, 22 anos, estudante de medicina veterinária que acabou tendo toda a família indiciada. Entre as acusações pesaram as de tráfico de cobras. A naja teve como destino o Instituto Butantan (São Paulo).