Investigações conduzidas pela 8ª Delegacia de Polícia (SIA) concluíram que o acusado de matar e estrangular uma criança de 12 anos na Chácara Santa Luzia, na Estrutural, não conhecia a vítima. O menino foi assassinado no começo de março e teve o corpo colocado dentro de um saco plástico e, em seguida, jogado dentro de uma fossa.
Ao Correio, o delegado-chefe da 8ª DP, Rodrigo Bonach, afirmou que não há evidências de que o suspeito teria cometido o crime como forma de "punir o garoto por, supostamente, cometer crimes na cidade". "A motivação do assassinato não ficou clara para a polícia, até porque o autor usou do direito de permanecer calado e não existem testemunhas oculares do crime", ressaltou.
De acordo com a apuração policial, o acusado não morava na área, mas estava na região havia cerca de um mês para vigiar um barraco de uma parente, que estava internada em um hospital público do DF. "A criança morava em um outro barraco com a avó e, a princípio não conhecia o acusado. O assassinato ocorreu entre quatro paredes, dentro do barraco dele. Ninguém viu", frisou o delegado.
No dia do crime, o suspeito atraiu a criança para dentro da casa, a estrangulou com fio de energia, colocou o corpo em um saco plástico e, em seguida, lançou o cadáver na fossa e cobriu com areia. O corpo só foi encontrado dias depois pela polícia, após o recebimento de denúncias anônimas.
A criança morava com a avó no barraco. Segundo as investigações, a mãe do menino não tinha contato com ele. À época do desaparecimento, a avó chegou a registrar boletim de ocorrência na delegacia. Quando os investigadores localizaram o cadáver, se depararam com o corpo em estado avançado de decomposição. Foi necessário o auxílio do Corpo de Bombeiros para retirar o cadáver de dentro da fossa.
Prisão
O mandado de prisão preventiva foi expedido há cerca de um mês pela Justiça. O homem foi preso nesta quinta-feira (25/9), no Riacho Fundo. "A captura dele foi trabalhosa, porque ele esteve em Planaltina, Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto", detalhou o delegado.
Durante o interrogatório, ele permaneceu calado. O acusado foi encaminhado à Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), onde ficará à disposição do Poder Judiciário.