Conhecido como Neguinho, Edson de Souza Campos, um dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) — facção oriunda de São Paulo — foi preso por policiais penais do Núcleo de Inteligência da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), nesta sexta-feira (25/9). O faccionado estava sendo procurado pela Justiça do Estado de Goiás desde 2016.
O suspeito foi preso no Recanto das Emas e encaminhado à 27ª Delegacia de Polícia. Edson de Souza havia sido detido em 2015, no âmbito da Operação Avalanche, que investigou a ação de criminosos dentro do sistema prisional, mas estava em liberdade. O Correio apurou que o suspeito é apontado pela Polícia Civil como líder das ações da cúpula no DF e, quando esteve preso, era responsável por coordenar os trabalhos locais de dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.
De acordo com a apuração policial, o faccionado integra um grupo que atua no tráfico de drogas, roubo e extorsão. À época, a polícia informou que ele seria o responsável por coordenar os criminosos que estavam na rua, função conhecida na facção como “Geral da Rua”
Atualização
O advogado de Edson de Souza, Bruno Batista de Oliveira, procurou o Correio em 17 de março de 2021, para informar que o réu foi solto nesta quinta-feira (17/3), em decorrência de uma falha judicial. O defensor afirmou que Edson cumpriu toda a pena no DF e que o juiz de Goiás havia expedido um mandado de prisão contra o acusado. Contudo, Bruno ressalta que Edson nunca foi considerado foragido da Justiça.
Uma decisão proferida pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP), reconhece o equívoco: "Logo, de fato, verifico que a prisão do apenado é indevida, vez que a ordem de prisão em aberto refere-se à condenação extinta pelo Juízo da Vepema (Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal) desde 2015. Por essa razão, para a reprimenda retratada na carta de guia (...), expeçam alvará de soltura, com urgência”, determinou.
"A defesa técnica de Edson de Souza Campos lamentou a falha de comunicação entre os membros do Poder Judiciário e informou que adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar os direitos do cliente em decorrência desse erro, o que se mostra inaceitável em um estado democrático de direito", frisou o advogado.