Pandemia

DF negocia prioridade de compra de vacina chinesa contra covid-19

Secretaria de Saúde afirma que fez parceria com o laboratório chinês Sinopharm para ter prioridade na aquisição da vacina

Apesar dos testes realizados no Distrito Federal, não há garantias de que a vacina chinesa Coronavac será usada para imunizar a população da capital. Isso porque a distribuição e aplicação das doses depende de um acordo entre o governo local e o laboratório chinês Sinovac. A Secretaria de Saúde informou, no entanto, que o GDF firmou parceria, em julho, com outra farmacêutica chinesa, a Sinopharm, que também tem um projeto de imunizante contra a doença.

“O objetivo deste acordo seria a participação dos estudos de fase III da vacina produzida pela empresa e, com isso, garantir prioridade na aquisição de vacinas para o DF, caso sejam aprovadas”, afirmou a pasta, em nota oficial enviada ao Correio.

A secretaria ainda informou que criou um grupo de trabalho para elaboração dos critérios para o início dos estudos e, recentemente, essas negociações foram retomadas. Mesmo participando de um braço da pesquisa da Sinopharm, a secretaria afirma que “levará em consideração a qualidade e segurança de todas as vacinas em andamento, para que os cidadãos do DF possam ser imunizados”.

São Paulo

A previsão é que o primeiro lote da vacina chinesa contra covid-19 chegue ao Brasil no próximo mês e a imunização deve começar por São Paulo. Nesta semana, o governador do estado, João Doria (PSDB), anunciou uma parceria com a Sinovac para receber um primeiro lote de 5 milhões de doses em outubro. Até dezembro, serão 46 milhões de doses em SP.

Estudo divulgado pelo governo de São Paulo mostra que a CoronaVac já foi testada em 50 mil chineses, e os resultados confirmam segurança de 94,7% e eficácia de 98%. Além dos resultados positivos nos testes de segurança e eficácia, a vacina ainda precisa de aprovação da Anvisa para ser usada no Brasil.

No DF, os testes da vacina chinesa são conduzidos pela Universidade de Brasília (UnB), por meio do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A unidade é um dos 12 centros no Brasil que participam da fase 3 do ensaio clínico nacional, coordenado pelo Instituto Butantan, em São Paulo.