Social

Sedes oferece vagas de acolhimento para população em situação de rua

As unidades de acolhimento oferecem segurança alimentar e nutricional aos usuários, com refeições diárias, e funcionam como abrigo com lugar para dormir, usar o banheiro e lavar roupas

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informou que conta com 102 vagas de acolhimento disponíveis para a população em situação de rua. A pasta esclareceu que as ofertas de vagas nos serviços de abrigo social, aconteceu na quinta-feira (24/9). A medida foi adotada para amenizar os efeitos da pandemia da covid-19 nesses cidadãos e mesmo protegê-la da exposição ao coronavírus.

As unidades de acolhimento oferecem segurança alimentar e nutricional aos usuários, com refeições diárias, e funcionam como abrigo com lugar para dormir, usar o banheiro (com direito a banho) e lavar roupas. Também são oferecidos espaço de convívio social, cursos técnicos, atendimento médico com apoio das equipes de Consultórios na Rua e orientações sobre a covid-19.

“Temos 28 equipes que fazem esse primeiro atendimento humanizado, explicam sobre direitos, programas e benefícios sociais. Quem solicitar ir para uma unidade de acolhimento, a equipe providencia o seu transporte em segurança”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

As equipes da abordagem social também providenciam encaminhamentos psicossociais, que podem ser para um dos centros de atendimento ou para uma das unidades de acolhimento da pasta.

A Sedes esclareceu que o Serviço de Abordagem Social atende, mensalmente, uma média de 1,8 mil a 2 mil pessoas em situação de rua no DF. São mais de 300 profissionais especializados nesse tipo de trabalho, em ação nos Centros POP, nas unidades de acolhimento, no Serviço Especializado de Abordagem Social e em outros serviços.

Novas vagas

Além das vagas nas unidades de acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social e nas instituições parceiras, durante a pandemia a Sedes ampliou em mais 105 vagas a capacidade do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Granja das Oliveiras, no Recanto das Emas. E construiu dois alojamentos provisórios no Plano Piloto e em Ceilândia, duas das regiões com o maior número de moradores em situação de rua no DF.

Com capacidade máxima de 200 vagas cada um, os alojamentos provisórios instalados no estacionamento do Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião), em Ceilândia, e no Autódromo Nelson Piquet, na Asa Norte, foram montados em contêineres que têm camas, armários, banheiros e refeitórios. As unidades também oferecem espaços de lazer e oficinas de profissionalização, além de acompanhamento de saúde e orientação socioassistencial. Desde o início da pandemia, quase 600 pessoas já passaram pelos núcleos de acolhimento temporários.

Centros POP

Além das unidades de acolhimento, as pessoas em situação de rua contam ainda com duas unidades do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), em Taguatinga e no Plano Piloto. São atendidas cerca de 500 pessoas em risco social, diariamente, inclusive aos finais de semana. O trabalho dos agentes sociais assegura a reinserção social da população atendida, de forma que ela tenha acesso às outras políticas públicas, como aquelas relativas a saúde e trabalho.

“Trabalhamos o processo de saída dessas pessoas das ruas. Temos desde quem tem família, mas prefere viver nas ruas, àqueles que estão lá porque não têm mesmo onde estar”, explica a subsecretária de Assistência Social do DF, Kariny Veiga.

Segurança alimentar

Neste período de pandemia, os 14 Restaurantes Comunitários do DF estão servindo as refeições, gratuitamente, para as pessoas que estão sendo acompanhadas por meio do Serviço de Abordagem Social. O número de marmitas entregues às pessoas em situação de rua saltou de 49, em junho, para 752, em agosto, um aumento de 1.500% em três meses. No total, foram entregues aos moradores em situação de rua 1.115 quentinhas.

“Houve um aumento na oferta de refeições para essa população porque também houve mais divulgação do serviço nesses três meses, graças ao apoio das equipes de Abordagem Social. Essa é mais uma ação da Sedes para ampliar a segurança alimentar e nutricional voltada para esse público”, ponderou a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Karla Lisboa.

Com informações da Agência Brasília